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Universidade de Cambridge investigará seus vínculos com a escravidão


postado em 30/04/2019 11:04

A Universidade de Cambridge, na Inglaterra, anunciou nesta terça-feira que lançou uma investigação sobre suas ligações históricas com a escravidão, analisando os legados dos comerciantes e como seus acadêmicos poderiam ter influenciado o "pensamento baseado na raça".

"A pesquisa, que durará dois anos, vai explorar os arquivos da universidade e vários documentos para estudar como a instituição obteve benefícios da escravidão e da exploração do trabalho, através de doações financeiras e outros legados a departamentos, bibliotecas e museus", anunciou em uma declaração.

O trabalho, conduzido por dois de seus pesquisadores, também examinará se os professores de Cambridge publicaram textos que "reforçaram ou validaram um modo de pensar baseado na raça entre o século XVIII e o começo do século XX".

Há muitos anos, as universidades britânicas de maior prestígio vêm questionando seu passado colonial.

Em 2016, em Oxford, outro centro de excelência universitária britânica, os estudantes militaram para pedir o desmantelamento de uma estátua do colonizador e supremacista branco Cecil Rhodes. A universidade finalmente optou por mantê-la.

"Há crescente interesse público e acadêmico nas ligações entre as antigas universidades britânicas e o tráfico de escravos, por isso é natural que Cambridge analise se beneficiou do trabalho forçado durante o período colonial", disse o professor Stephen Toope, vice-reitor da universidade de Cambridge, citado no comunicado.

As conclusões do estudo devem ser conhecidas em 2021.


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