Os funcionários da Agence France-Presse aprovaram, nesta terça-feira, em assembleia, uma paralisação de 12 horas, que deve começar às 14h00 (10h00 de Brasília), para pressionar a administração a reconsiderar seu plano de supressão de postos.
"O sindicato de todas as categorias lança um apelo ao pessoal da AFP de todas as categorias, em todo o mundo, a uma paralisação do trabalho das 14h00 às 02h00", informa a moção aprovada na assembleia geral quase por unanimidade (4 abstenções e nenhum voto contra).
Esta greve de 12 horas, que deverá perturbar os serviços da AFP, foi proposta pelo sindicato antes de uma reunião com a direção da agência na tarde de terça-feira, dedicada ao plano de supressão de 95 postos líquidos ao longo de cinco anos, apresentado no ano passado por Fabrice Fries, CEO da agência.
Um programa de reuniões de dois meses foi aberto, o que pode levar ao rápido lançamento do plano.
Segundo a direção da AFP, o objetivo deste plano é reduzir as despesas globais em 19 milhões de euros até 2023, incluindo 14 milhões de euros em despesas com pessoal, a fim de reequilibrar as contas.
Mas os sindicatos, que já haviam conseguido em janeiro uma redução dos cortes (inicialmente calculada em 125 postos líquidos, com 30 criações de empregos em paralelo), ainda rejeitam esse plano.
Os sindicatos denunciam em particular a "destruição de dezenas de postos de jornalistas", "o excesso de trabalho" para o pessoal que entraria neste plano, ou um risco de mudança de status e privatização da agência.