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Estado de Minas

Oposição convoca protesto contra Maduro por apagão


postado em 12/03/2019 06:21

O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, convocou um protesto para esta terça-feira contra o presidente Nicolás Maduro, no quinto dia de um apagão que deixou quase todo o país no escuro e afeta a população pela falta de água e comida.

Guaidó convocou as manifestações para a tarde, para coincidir com o horário em que começou na quinta-feira, pouco antes das 17H00 (18H00 de Brasília), o maior corte de energia elétrica na história do país de 30 milhões de habitantes.

"Todos às ruas para gritar com brio que morra a opressão", escreveu no Twitter o jovem presidente do Parlamento, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, liderados pelos Estados Unidos.

A emergência, que afeta Caracas e 22 dos 23 estados do país, mantém diversos serviços em funcionamento intermitente, mas algumas áreas do interior estão sem luz desde quinta-feira.

O apagão provocou o colapso do fornecimento de água, que já era deficitário, porque as bombas das cisternas precisam de energia elétrica para funcionar. Muitos venezuelanos tentam obter água em supermercados ou fontes naturais.

Em Caracas, em uma medida desesperada, um grupo de moradores desceu ao canal do poluído rio Guaire para coletar água. "Temos a garganta seca", gritaram aos militares que os expulsaram do local.

Alguns têm que pagar em dólares ou esperar os caminhões-pipa enviados pelo governo de Maduro a bairros populares ou contratados por prefeituras comandadas pela oposição.

Diante da crise, o governo ampliou para esta terça-feira a suspensão da jornada de trabalho e das aulas, medida anunciada na quinta-feira.

Em alguns lugares, água e alimentos estão sendo cobrados em dólares pela escassez de cédulas, em um país onde até as pequenas compras devem ser pagas em máquinas de cartão, que estão fora de serviço pela falta de energia.

Maduro anunciou a distribuição de comida e assistência a hospitais, onde segundo Guaidó quase 20 pessoas morreram. ONG Codevida afirma 15 pacientes renais faleceram por falta de diálise. O governo afirma que não há vítimas.

Saques foram registrados em algumas cidades do país.

Após a saída de 2,7 milhões de venezuelanos desde 2015, segundo a ONU, muitos estão angustiados com as dificuldades de comunicação.

Uma análise do Eurasia Group destaca que o agravamento da crise aprofundará o descontentamento popular com Maduro, mas Guaidó "enfrenta desafios para aproveitar o mal-estar porque seus seguidores poderiam desmobilizar-se, frustrados por não conseguirem forçar uma mudança rápida".


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