Representantes do governo do Iêmen e dos rebeldes huthis xiitas vão se reunir novamente a partir de terça-feira (5) na capital da Jordânia, Amã, para um ciclo de discussões "técnicas" sobre o intercâmbio de prisioneiros, informou nesta segunda a ONU.
O intercâmbio, que pode envolver até 15.000 presos ao todo, faz parte das medidas de confiança adotadas no âmbito de um acordo concluído antes das negociações de paz, em dezembro, na Suécia.
Governo e rebeldes iemenitas já tinham se reunido em meados de janeiro na capital jordaniana para dois dias de negociações, ao longo das quais foram apresentadas aos mediadores da ONU a lista dos presos que poderiam ser libertados.
Os representantes das Nações Unidas e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), encarregado de supervisionar a aplicação do acordo, também participaram das discussões.
No fim de janeiro, rebeldes huthis, apoiados pelo Irã, libertaram um primeiro prisioneiro - um soldado saudita -, no âmbito do acordo com as forças pró-governamentais, apoiadas por uma coalizão militar comandada pelos sauditas. Já a coalizão libertou sete prisioneiros huthis.
Na terça, as duas partes se reunirão para discussões "técnicas" sobre os "avanços (dos dois lados) para finalizar sua lista de prisioneiros", informou a ONU em comunicado.
O mediador da ONU para o Iêmen, Martin Griffiths, e o presidente do CICV, Peter Maurer, participarão deste primeiro dia de discussões, segundo a ONU, sem detalhar quanto tempo a negociação durará.