Secretários e chefes de agências de inteligência dos Estados Unidos alertaram nesta segunda-feira sobre a possibilidade de ingerência externa nas eleições legislativas de meio de mandato, que serão disputadas nesta terça-feira.
"Os americanos devem ter consciência de que atores estrangeiros - a Rússia em particular - continuam tentando influenciar a opinião pública e o sentimento dos eleitores através de ações destinadas a semear a discórdia".
O texto é firmado pelos secretários de Segurança Nacional e Justiça, Kirstjen Nielsen e Jeff Sessions, pelo diretor de Inteligência, Dan Coats, e pelo chefe do FBI, Christopher Wray.
Entre as possíveis ingerências estão a difusão de informação falsa sobre o processo eleitoral ou os candidatos, propaganda nas redes sociais e outros métodos.
"No momento não temos indícios de que a infraestrutura de eleição da nossa nação esteja comprometida com o propósito de evitar a votação, alterar a apuração ou perturbar a capacidade de contagem dos votos".
"Os Estados Unidos não tolerarão interferência em suas eleições por parte da Rússia, China, Irã ou outras nações", adverte o documento, recordando que tais países foram classificados como "ameaça" à democracia americana em 19 de outubro passado.
Segundo a comunidade de Inteligência, Moscou realizou uma ampla operação para influenciar a eleição presidencial de 2016 a favor do Donald Trump, em particular através do uso das redes sociais e da difusão de notícias falsas.
A justiça federal dos EUA continua investigando se houve conluio entre Moscou e a equipe de campanha de Trump.