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Estado de Minas

Trump diz que o FBI não precisa investigar seu escolhido ao Supremo


postado em 18/09/2018 16:42

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que não é necessário envolver o FBI no escândalo que ameaça seu candidato à Suprema Corte, acusado de agressão sexual nos anos 80.

"Eu não acho que o FBI deva se envolver porque eles não querem se envolver", disse Trump a repórteres na Casa Branca.

O juiz conservador Brett Kavanaugh, escolhido por Trump para a Suprema Corte e que seria confirmado esta semana pelo Senado, foi acusado por uma acadêmica de agredi-la sexualmente em uma festa décadas atrás, quando ambos eram adolescentes.

Na véspera, Trump já havia defendido Kavanaugh, mas admitiu que o aval para ele assumir o posto poderá demorar "um pouco".

Christine Blasey Ford, uma professora universitária de Psicologia, de 51 anos, afirmou ter sido agredida por Kavanaugh e um de seus amigos, em uma festa no subúrbio de Washington, no começo da década de 1980.

Kavanaugh, cuja confirmação nesta semana parecia certa antes do escândalo, negou as denúncias e disse estar pronto para "refutar" essas afirmações e defender sua honra.

Blasey Ford e Kavanaugh testemunharão na próxima segunda-feira sobre as acusações de agressão sexual.

O presidente do comitê, Chuck Grassley, declarou uma audiência de um dia para incluir apenas depoimentos de Kavanaugh e Ford, e uma votação dois dias depois.

Mas o depoimento de Ford permanecia incerto nesta terça-feira, e os democratas exigiram que outras testemunhas - inclusive possivelmente outro homem que Ford alega estar envolvido no abuso - também sejam chamadas para depor.

Enquanto isso, a pressão cresceu entre os defensores do movimento #MeToo para que a a reivindicação de Ford seja levada em consideração.

"Qualquer um que se apresente neste momento para estar preparado para testemunhar no Senado dos Estados Unidos contra alguém que está sendo indicado para uma das posições mais poderosas do governo americano, precisa de uma coragem extraordinária", disse a democrata Kamala Harris, membro do painel do Senado que avalia a indicação de Kavanaugh.

"O público americano merece conhecer o caráter de alguém que servirá por toda a sua vida na mais alta corte de nosso país."

A acusação contra Kavanaugh deixou Trump e os republicanos em uma situação difícil, ao precisarem negar a acusação de Ford sem afastar as mulheres eleitoras diante de eleições de meio de mandato nas quais o controle do Congresso está em jogo.


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