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Estado de Minas

Milhares marcham na Nicarágua em manifestações a favor e contra o governo


postado em 11/08/2018 21:48

Duas marchas maciças atravessaram neste sábado a capital da Nicarágua, uma em defesa e outra contra o governo do presidente Daniel Ortega, em meio a uma onda de protestos que sacode o país desde abril e que deixou mais de 300 mortos.

A "marcha azul e branca" reuniu dezenas de milhares de pessoas ao sul de Manágua, pedindo liberdade para dezenas de "presos políticos" das manifestações.

A pouca distância, uma maré de bandeiras sandinistas vermelhas e pretas, avançou para o norte da capital com lemas de apoio ao presidente, Daniel Ortega, e sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo.

"Viemos aqui exigir justiça, que os terroristas paguem pelo dano que fizeram ao país", expressou Lala Pineda, uma comerciante de 47 anos na marcha pró-governo.

Ortega qualificou de "golpistas" e "terroristas" os manifestantes contrários ao seu governo.

A Assembleia Legislativa aprovou em julho uma lei que declara terroristas os que marcham contra o governo, e muitos dos manifestantes detidos foram acusados de terrorismo.

"Liberdade para os presos políticos", "Fim das detenções ilegais", cantavam os manifestantes contrários ao governo, com o rosto coberto e levantando bandeiras da Nicarágua.

Durante a mobilização, ocorreram incidentes menores entre manifestantes e agentes da polícia.

Os detidos são, em sua maioria, líderes estudantis, camponeses e integrantes de organizações da sociedade civil, que são acusados de terrorismo e crime organizado.

Marchas similares foram realizadas em outras cidades, como León, Juigalpa e Matagalpa. Nesta última ocorreram incidentes em que, segundo relatos, paramilitares atiraram contra manifestantes.

Os adversários de Ortega, de 72 anos, que governa há 11 anos, o acusam de corrupção, nepotismo e de instaurar uma ditadura, e por isso pedem sua saída do poder.

Os protestos opositores começaram em 18 de abril contra uma fracassada reforma da previdência social e se propagaram para todo o país, após uma violenta repressão que deixou 317 mortos, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

O governo afirma que há 197 mortos, dos quais cinco são estudantes e os demais são, em sua maioria, policiais e agentes da ordem.


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