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Estado de Minas

EUA estão empenhados em 'desnuclearização completa' e 'rápida' da Coreia do Norte


postado em 14/06/2018 02:00

Os Estados Unidos estão comprometidos com uma "desnuclearização completa, verificável e irreversível" na Coreia do Norte, afirmou nesta quinta-feira o secretário americano de Estado, Mike Pompeo, após se reunir com os chanceleres de Coreia do Sul e Japão.

Segundo o secretário de Estado, as sanções contra a Coreia do Norte só serão suspensas após uma "desnuclearização completa".

Na quarta-feira, ao revelar que Washington espera que a maior parte do desarmamento nuclear tenha terminado até o final da presidência Trump, em 2020, Pompeu destacou que "desnuclearização completa significa verificável para todos os que estão envolvidos".

Em um encontro histórico em Singapura, na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, concordaram em trabalhar para eliminar as armas nucleares da península coreana.

Pompeo, que está em Seul para analisar a cúpula entre Trump e Kim com os chanceleres sul-coreano e japonês, Kang Kyung-wha e Taro Kono, disse ainda que o líder norte-coreano "entende" que o processo de "desnuclearização" deve ser "rápido".

"Pensamos que Kim Jong Un entende a urgência" da situação e que "devemos fazer isto rapidamente", declarou o secretário de Estado a jornalistas.

Na mesma coletiva, a chanceler sul-coreana afirmou que a "aliança entre Coreia do Sul e Estados Unidos está mais forte do que nunca", após Trump anunciar o fim dos exercícios militares conjuntos.

Kono declarou que o Japão entende que a interrupção dos exercícios militares é coerente com os passos para que a Coreia do Norte renuncie a seu arsenal nuclear.

- Trump minimiza violações -

Em entrevista à Fox News nesta quarta-feira, Trump minimizou as violações dos direitos humanos cometidas pelo regime norte-coreano, assinalando que outros países também fazem "coisas más".

"Muitas outras pessoas fizeram coisas verdadeiramente más. Acredito que poderia ir a muitas nações onde já fizeram várias coisas ruins".

Segundo o departamento americano de Estado, o regime de Kim mantém entre 80 mil e 120 mil presos políticos em campos de trabalho forçado, enfrentando torturas e fome.

Kim também é suspeito de ordenar, no ano passado, o assassinato de seu irmão, envenenado em um aeroporto da Malásia.

Os críticos temem que a cúpula em Singapura tenha legitimado Kim e afirmam que a reunião serviu mais para a exposição na mídia do que para progressos reais.

- Moscou pede fim das sanções -

A Rússia solicitou nesta quarta-feira ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que analise a suspensão progressiva das sanções econômicas contra a Coreia do Norte, diante do acordo firmado com os EUA para eliminar as armas nucleares da península coreana.

O Conselho aprovou no ano passado três pacotes de duras sanções econômicas contra Pyongyang, que proíbem quase todas as suas exportações de matéria-prima e limitam severamente o fornecimento de combustíveis, em resposta aos disparos de mísseis e ao teste nuclear realizados pelo regime norte-coreano.

"É simplesmente natural que pensemos sobre dar passos nesta direção", declarou o embaixador russo Vassily Nebenzia sobre a suspensão das sanções. "Existe um progresso que deve ser recíproco. Deve haver contrapartidas" porque "a outra parte precisa de estímulo para avançar".

Apesar do acordo em Singapura, Estados Unidos, Japão e os países europeus defendem a permanência das sanções até que a Coreia do Norte desmantele completamente seu programa armamentístico.

O embaixador holandês Karel van Oosterom, que lidera a comissão de sanções no Conselho contra a Coreia do Norte, declarou que as medidas punitivas seguem sendo implementadas com todo o vigor.

"Continuaremos mantendo a pressão com a implementação total das sanções".


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