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Estado de Minas

Chanceleres francês e britânico determinados a salvar acordo nuclear iraniano


postado em 14/05/2018 12:30

Os ministros das Relações Exteriores da França e da Grã-Bretanha expressaram nesta segunda-feira (14), em Londres, sua determinação comum de salvar o acordo nuclear iraniano, concluído em 2015 e abandonado pelos Estados Unidos.

"Nossa posição é uma posição de determinação e unidade, de disposição para fazer este acordo viver", declarou o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian.

Ele se expressou após uma reunião com seu colega britânico, Boris Johnson, e na véspera de uma reunião em Bruxelas entre os chanceleres iraniano, francês, britânico e alemão.

O acordo nuclear com o Irã foi concluído em 2015 entre o Irã e o grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha). O objetivo era facilitar o comércio com o Irã e reavivar sua economia, levantando as pesadas sanções internacionais em troca de um compromisso de Teerã para limitar suas atividades nucleares e nunca buscar a bomba atômica.

Em 8 de maio, o presidente americano, Donald Trump, anunciou que os Estados Unidos se retiravam deste acordo, restaurando todas as sanções levantadas desde a assinatura deste texto.

"Lamentamos esta decisão americana", disse Jean-Yves Le Drian.

"Não é porque os Estados Unidos deixam um acordo internacional que o acordo internacional passa a ser obsoleto. Permanecemos no acordo e queremos fazê-lo viver enquanto o Irã o respeitar", disse ele, chamando o acordo de "win-win".

"Nossa posição é comum e está alinhada à posição alemã, o que não nos impede de conversar com os Estados Unidos para dizer qual é nossa posição", ressaltou o ministro francês.

"O Reino Unido e a França estão determinados a preservar a essência do acordo nuclear iraniano", declarou o chefe da diplomacia britânica.

"Amanhã, em Bruxelas, discutiremos o que podemos fazer para ajudar as empresas do Reino Unido e ajudar as empresas europeias a terem confiança de que podem continuar a fazer negócios" no Irã, explicou Boris Johnson.

"Não vou fingir que será fácil, mas estamos determinados a proteger nossos negócios", acrescentou.

O ministro britânico estimou ainda que é "vital" continuar dialogando com os Estados Unidos.

"Também queremos ouvir um pouco mais de Washington", disse ele.

Na segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Zarif, pediu "garantias" aos signatários do acordo. Ele viajou para Moscou após consultas em Pequim durante o fim de semana e antes de se encontrar com os europeus em Bruxelas na terça-feira.


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