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Estado de Minas

Bloqueio na Catalunha se dissipa, mas tensão com Madri continua


postado em 11/05/2018 12:30

O Parlamento catalão debaterá no sábado (12) a posse como novo presidente catalão do editor Quim Torra, um separatista fiel a Carles Puigdemont, cuja escolha permitirá superar o bloqueio político na região, mas que ameaça perpetuar a tensão com Madri.

Impedido pela Justiça e pelo governo espanhol de comandar novamente a região, Puigdemont finalmente cedeu, mas não renunciou a sua influência política nem ao desafio lançado a Madri.

Por isso, segundo analistas, escolheu Torra, que é novato na política, sem militância nem lealdades a partidos, e partidário de manter o pulso firme com o governo de Mariano Rajoy.

O presidente do Parlamento catalão, Roger Torrent, o indicou oficialmente como candidato nesta sexta-feira (11) e convocou para sábado o debate de posse, que pode culminar, na segunda-feira, com a eleição de Torra por uma apertada maioria.

Conta com 66 votos a favor e 65 contra, da oposição, mas deve se assegurar da abstenção dos quatro deputados da extrema esquerda separatista Candidatura de Unidade Popular, que decidirá sua posição neste fim de semana.

Se conseguir ser empossado, a Catalunha recuperará seu governo após meses de bloqueio político.

A apenas duas semanas de terminar o prazo para convocar novas eleições se não houver presidente, em 22 de maio, Puigdemont se convenceu a ceder passagem, mas não sem antes marcar o caráter "provisório" de seu sucessor.

Em uma entrevista à televisão pública catalã TV3, Torra prometeu restaurar as políticas e os organismos suprimidos pelo governo espanhol ao intervir na região, lançando um processo constituinte para começar a redigir a futura Constituição catalã.

Questionado se desobedecerá Madri, respondeu que contempla apenas "a possibilidade de obedecer o que for decidido pelo Parlamento da Catalunha".

Madri, que há semanas queria a escolha de um candidato sem processos judiciais, lançou sua primeira advertência: "se não cumprir a lei, o governo voltará a agir exatamente igual", intervindo na administração regional, declarou o porta-voz do Executivo central, Íñigo Méndez de Vigo.


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