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Estado de Minas

Singapura sediará cúpula histórica entre Trump e Kim em 12 de junho


postado em 10/05/2018 21:30

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou nesta quinta-feira (10) que seu encontro histórico com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, será em 12 de junho, em Singapura, onde irá abordar a crucial "desnuclearização" norte-coreana depois de meses de escalada e tensões.

Trump fez o anúncio poucas horas depois de receber, perto de Washington, os três prisioneiros americanos libertados por Pyongyang.

"Vamos tentar fazer disso um momento especial para a paz mundial!", acrescentou Trump em uma mensagem no Twitter.

As conversas, que devem durar um dia, se concentrarão no rápido avanço das armas nucleares e dos programas balísticos da Coreia do Norte.

Funcionários disseram que a libertação dos americanos Kim Hak-song, Tony Kim e Kim Dong-chul elimina um grande obstáculo para a cúpula, e dá a Trump a prova concreta de que a sua política de duas vias, compromisso e "pressão máxima", está funcionando.

"Não estamos iludidos sobre quem são essas pessoas. Sabemos com quem estamos nos relacionando aqui", disse Victoria Coates, do Conselho de Segurança Nacional.

"Mas temos, de antemão, nossa equipe em casa".

- Local neutro -

Desde o fim da Guerra da Coreia (1950-1953), que ficou sem um tratado de paz, nenhum presidente dos Estados Unidos em exercício se reuniu com um líder norte-coreano. Cerca de 30 mil militares americanos permanecem na Coreia do Sul, que é apoiada pelos Estados Unidos no conflito.

As autoridades americanas de mais alto escalão que estiveram na Coreia do Norte foram a ex-secretária de Estado Madeleine Albright, em 2000, e o atual secretário de Estado, Mike Pompeo, que foi em busca dos agora ex-prisioneiros.

Enquanto isso, os ex-presidentes Bill Clinton e Jimmy Carter visitaram a Coreia do Norte depois de deixar o poder.

Após se mostrar aberto a realizar a cúpula na fronteira entre as duas Coreias, onde Kim se reuniu no final de abril com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, Trump finalmente anunciou que Singapura seria a sede da sua reunião com o líder da Coreia do Norte.

Faltava "encontrar um lugar neutro, onde Trump e Kim pudessem se sentir seguros", disse no Twitter o especialista do centro de reflexão Wilson Center, Jean Lee. Também era necessário que fosse "perto o suficiente" de Pyongyang.

O local neutro, ao sul da Malásia, há muito tempo é uma ponte entre os Estados Unidos e a China, com vários primeiros-ministros que ofereceram conselhos geopolíticos aos ocupantes da Casa Branca.

- Uma cúpula bem-sucedida -

"Acho que (a cúpula) será um sucesso", reiterou Trump em um tuíte, otimista ao receber os americanos libertados . "Estamos começando em uma nova base... libertou os meninos antes" da reunião, acrescentou. "É uma coisa ótima, muito importante para mim".

O presidente americano espera um sucesso diplomático com Pyongyang, após receber duras críticas internacionais por se retirar, na terça-feira, do acordo sobre o programa nuclear do Irã.

Kim, por sua vez, considerou a cúpula uma possibilidade "histórica" de construir um "futuro brilhante".

A preparação do encontro deu lugar a um turbilhão diplomático. Mike Pompeo já se reuniu duas vezes em um mês com Kim Jong Un, a primeira secretamente quando ainda era diretor da CIA.

Os diplomatas americanos e norte-coreanos afinam a agenda da reunião.

O encontro deve se concentrar em debater o programa norte-coreano de armas nucleares, que Trump exigiu que Kim renuncie irreversivelmente. Mas este deu poucos indícios de que esteja disposto a ceder, ou o que exigirá em troca.

Na retórica da Coreia do Norte, "desnuclearização" tem sido por anos sinônimo para que retirem as tropas dos Estados Unidos da Coreia do Norte e uma desculpa para estagnar.

Partidários da linha dura na Coreia do Norte acreditam que a posse de uma arma nuclear é a única garantia contra os esforços liderados pelos Estados Unidos para derrubar o regime de Kim.

A Coreia do Norte, um país isolado e com uma economia duramente atingida pelas sanções internacionais, insiste que os Estados Unidos retirem seu apoio à Coreia do Sul.

Em uma reunião em abril na zona desmilitarizada entre as duas Coreias (DMZ), Kim e Moon Jae-in reafirmaram seu compromisso com o objetivo comum de uma "completa desnuclearização" da península.

Além disso, Kim se reuniu com o presidente chinês, Xi Jinping, na terça-feira, pela segunda vez em seis semanas.

De acordo com a agência de notícias oficial da China, Kim disse a Xi que não havia necessidade da Coreia do Norte ser um Estado nuclear, "contanto que as partes interessadas deixem sem efeito suas políticas hostis e as ameaças à segurança" de seu país.

Xi então pediu ao seu colega americano que levasse em conta as "preocupações razoáveis de segurança da Coreia do Norte".


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