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Estado de Minas

O caminho tortuoso de Trump e Kim até o diálogo


postado em 10/05/2018 20:48

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversará diretamente com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, no dia 12 de junho, em Singapura, em uma cúpula histórica para a qual se percorreu um tortuoso caminho.

- Trump marca o tom -

Em 2 de janeiro de 2017, pouco antes da posse como presidente, Trump afirmou que a Coreia do Norte jamais poderia desenvolver uma arma nuclear capaz de atingir o território americano. Em abril, já na presidência, enviou sinais contraditórios ao chamar Kim de "louco com armas nucleares".

Mas pouco tempo depois, em 1° de maio, Trump surpreende o mundo ao declarar que seria "uma honra" se encontrar com Kim Jong Un sob "as condições adequadas".

- Ameaças nucleares -

Em julho de 2017, Pyongyang lançou dois mísseis intercontinentais e Kim afirmou que "todo o território americano está ao nosso alcance".

No dia 8 de agosto, Trump prometeu "fogo e ira" contra a Coreia do Norte.

Três semanas depois, em 29 de agosto, Pyongyang lançou um míssil balístico que sobrevoou o território japonês.

Trump disse que "discutir" com a Coreia do Norte não era a "solução".

Em 3 de setembro os norte-coreanos realizaram seu sexto teste nuclear, afirmando ter explodido uma bomba H.

- Quem tem o botão maior? -

Ainda em setembro, Trump anunciou um pacote de sanções contra a Coreia do Norte para deter o programa nuclear e de mísseis balísticos dos norte-coreanos.

O anúncio foi realizado dois dias após o primeiro discurso de Trump na Assembleia Geral das Nações Unidas, quando declarou que se os Estados Unidos "forem forçados a defender seus aliados, não haverá outra alternativa que destruir totalmente a Coreia do Norte".

O líder norte-coreano respondeu prometendo "castigar com fogo o senil americano mentalmente transtornado", em referência a Trump.

Em novembro de 2017, após mais um tiro de míssil intercontinental de Pyongyang, Trump chamou Kim de "cachorro doente".

No final do ano, Kim revelou ter o botão nuclear em seu gabinete e no dia 3 de janeiro de 2018 Trump respondeu no Twitter: "Alguém deste debilitado regime pode lhe informar que eu também tenho um botão nuclear, que é maior e mais poderoso que o dele e funciona".

- 'Pazes olímpicas' -

Após anos de tensão, Coreia do Norte e Coreia do Sul se aproximaram simbolicamente ao apresentar suas delegações lado a lado na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pyeongchang, no território sul-coreano.

O evento permitiu uma aproximação diplomática, com o encontro de enviados de Seul e Pyongyang.

Trump aplaudiu o início desta distensão e em abril assumiu os créditos: "Sem mim (...) os Jogos Olímpicos teriam sido um fracasso".

- Visita surpresa de Pompeo -

Durante o final de semana da Páscoa de 2018, Mike Pompeo, ainda como diretor da CIA, visitou a Coreia do Norte e se reuniu com Kim Jong Un em segredo.

No dia 8 de maio, Trump anunciou que Pompeo, agora secretário de Estado, estava em Pyongyang para acertar os detalhes do seu encontro com Kim Jong Un.

Pompeo voltou a se reunir com Kim e regressou aos Estados Unidos com três ex-prisioneiros americanos cuja libertação era solicitada por Washington.

A cúpula entre Trump e Kim, prevista para 12 de junho, fará história e será o primeiro diálogo cara a cara entre um presidente americano em exercício e um dirigente norte-coreano.


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