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Estado de Minas

Papa expressa "vergonha" por deixar "mundo partido" aos jovens

Cerca de 20 mil fiéis encararam um rigoroso esquema de segurança para acompanhar a procissão da Via-Crúcis no Coliseu, em Roma


postado em 30/03/2018 19:54 / atualizado em 30/03/2018 21:44

O papa Francisco preside a procissão da luz de velas da Via Crucis (Via Sacra) no Coliseu, na sexta-feira santa em Roma (foto: FILIPPO MONTEFORTE/AFP)
O papa Francisco preside a procissão da luz de velas da Via Crucis (Via Sacra) no Coliseu, na sexta-feira santa em Roma (foto: FILIPPO MONTEFORTE/AFP)

O papa Francisco disse sentir "vergonha" por deixar às jovens gerações "um mundo partido pelas divisões e as guerras", em sua oração pronunciada ao fim da cerimônia da Via Crucis em frente ao Coliseu de Roma.


"Nossas gerações estão deixando aos jovens um mundo partido pelas divisões e pelas guerras, um mundo devorado pelo egoísmo em que os jovens, as crianças, os enfermos, os idosos são marginalizados", lamentou o Sumo Pontífice.


Reunidas em torno do anfiteatro, depois de passarem por rigorosos controles de segurança, cerca de 20.000 pessoas, muitas delas com velas nas mãos, acompanharam em silêncio a cerimônia noturna da Via Crucis, que encena as etapas do calvário de Jesus, da sua condenação e morte à crucificação e sepultura.


Aqueles que carregaram uma grande cruz cinza - muitos jovens, entre eles uma menina em uma cadeira de rodas - se alternaram dentro e fora do Coliseu.


O dirigente sírio da organização católica Cáritas na Síria, acompanhado por sua esposa e seus três filhos, carregou a cruz em uma das 14 etapas do percurso.


"Carregaremos todo o sofrimento do povo, das crianças, dos pais e mães de nosso país", disse Riad Sargi antes da cerimônia desta Sexta-Feira Santa.


A cruz também foi carregada por freiras dominicanas do Iraque, entre elas Genoveva al Haday. Os textos desse ano foram escritos por quinze jovens, entre 16 e 27 anos.


O Papa quis dedicar este ano aos jovens, cujas preocupações devem estar no centro de um sínodo (reunião de bispos do mundo inteiro) em outubro deste ano.


Como fez no ano passado, Francisco enumerou em sua oração final os vários motivos de "vergonha", como as pessoas enganadas "pela ambição e uma glória vã".


Também criticou o avanço "do ódio, do egoísmo, da arrogância", estimando que "apenas o perdão pode vencer o rancor e a vingança, só um abraço fraternal pode dissipar a hostilidade e o medo do outro".


A Via Crucis no Coliseu na noite de sexta-feira aconteceu sob um forte aparato de segurança, assim como está previsto para a missa de Páscoa no domingo na Praça São Pedro. Os dois eventos contarão com um reforço das forças de segurança.


As autoridades destacaram cerca de 10.000 membros das forças de segurança. O ministro do Interior italiano, Marco Minniti, reafirmou nesta semana o nível elevado de risco de atentado na Itália.


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