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Estado de Minas

Primeiro-ministro libanês confirma que regressará a Beirute na quarta


postado em 18/11/2017 12:40

O primeiro-ministro libanês demissionário, Saad Hariri, confirmou neste sábado, em Paris, que voltará a Beirute para a festa nacional do país, em 22 de novembro, e falará sobre sua situação política.

"Voltarei a Beirute nos próximos dias", declarou Hariri depois de se reunir com o presidente francês Emmanuel Macron, em Paris.

"Participarei nas celebrações de nossa independência e darei a conhecer minha posição sobre todos os temas", acrescentou.

Macron recebeu Hariri no palácio presidencial do Eliseu para uma reunião seguida de um almoço.

Hariri foi recebido com as honras de um primeiro-ministro poucas horas depois de sua chegada à França procedente de Riad, onde em 4 de novembro anunciou sua demissão.

Macron saudou Hariri, de 47 anos, e os dois posaram sorridentes para os fotógrafos presentes.

A esposa de Hariri, Lara, e seu filho mais velho se reunirão com eles mais tare para um almoço com Macron e com a primeira-dama francesa Brigitte, segundo a imprensa.

Antes de receber Hariri, Macron falou por telefone com o presidente libanês Michel Aun, que "agradeceu pela ação da França em favor do Líbano", segundo afirmou o Eliseu.

Aun confirmou que Saad Hariri "estará em Beirut em 22 de novembro, dia da festa nacional", como a presidência libanesa anunciou anteriormente.

Desde o anúncio de sua renúncia, a permanência de Hariri na Arábia Saudita e o fato de não regressar ao Líbano para formalizar a demissão ao presidente da República provocaram diversas especulações.

O presidente libanês, Michel Aoun, chegou a dizer que Hariri era "refém" em Riad.

Em meio à polêmica, a Arábia Saudita chamou para consultas seu embaixador em Berlim para protestar contra declarações do ministro alemão das Relações Exteriores, Sigmar Gabriel, que também sugeriu a permanência de Hariri no país contra sua vontade.

O presidente libanês foi eleito em 2016 graças ao apoio do Hezbollah xiita, rival de Hariri.

Sua eleição abriu o caminho para que Hariri fosse nomeado primeiro-ministro novamente (tinha sido a primeira vez de novembro de 2009 a junho de 2011) e formasse um governo de coalizão com o Hezbollah e outras partes libanesas.

Dois meses depois, o governo foi estabelecido graças a um compromisso.

Saad Hariri, um protegido de Riad, justificou sua renúncia pelos desmandos do Irã e do Hezbollah em seu país.

A renúncia de Hariri foi interpretada como uma nova disputa entre a Arábia Saudita sunita e o Irã xiita. As duas potências do Oriente Médio já se enfrentam em outros assuntos regionais, como nas guerras no Iêmen e na Síria.

A crise também coincidiu com uma ofensiva contra a corrupção que levou à prisão vários príncipes, ministros e magnatas sauditas, uma purga sem precedentes no reino.


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