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Rússia veta na ONU renovação de mandato de investigadores de armas químicas na Síria


postado em 17/11/2017 23:25

A Rússia vetou nesta sexta-feira (17) no Conselho de Segurança da ONU, pela segunda vez em 24 horas, o projeto de resolução para renovar o mandato dos especialistas que investigam o uso de armas químicas na Síria.

Apresentada pelo Japão, a proposta buscava estender por 30 dias a missão do Mecanismo Conjunto de Investigação (JIM, sigla em inglês), visando a manter as negociações para um acordo de consenso.

Doze dos 15 membros do Conselho apoiaram o texto, a Bolívia votou contra, e a China se absteve.

Esta é a 11ª vez que a Rússia bloqueia um projeto de resolução contra a Síria, de quem é um ferrenho aliado.

"A Rússia não está interessada em chegar a um consenso com o restante do Conselho para salvar o JIM", declarou a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley.

A pedido da Suécia, o Conselho de Segurança se reuniu depois da votação para tentar encontrar uma solução.

Os membros do Conselho "têm que garantir que estamos absolutamente convencidos de que esgotamos todas as possibilidades antes de que o mandato do JIM expire esta noite", declarou o representante sueco, Olof Skoog.

O Japão pediu uma extensão de 30 dias, depois da tensa sessão de ontem, na qual a Rússia vetou uma proposta americana para renovar a missão por um ano e o Conselho não aceitou um projeto russo.

Em Moscou, Mikhail Ulyanov, chefe do departamento de não-proliferação do Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que a prorrogação é desnecessária e rechaçou a necessidade de tomar medidas de emergência sobre o futuro do painel.

Ulyanov declarou que a Rússia está aberta a consultas e, se elas forem produtivas, "daqui a um tempo, talvez não muito, o Conselho de Segurança possa tomar uma decisão para renovar as atividades do JIM". "Por enquanto, não há nenhum motivo para o problema", afirmou.

A Rússia criticou fortemente o JIM depois que seu último relatório acusou a força aérea síria de ser responsável pelo ataque com gás sarin no povoado de Khan Sheikhun, que deixou mais de 80 mortos.

O ataque cometido em 4 de abril desencadeou indignação em todo o mundo, enquanto as imagens de crianças sofrendo circularam o mundo. Dias depois, os Estados Unidos lançaram mísseis contra uma base aérea síria.

O regime sírio de Bashar al-Assad nega o uso de armas químicas e conta com o apoio de seu principal aliado, a Rússia.

A votação aconteceu um dia depois de a Rússia aplicar outro veto, desta vez a uma proposta dos Estados Unidos para a ampliação, por mais um ano, do mandato do JIM; e da rejeição de um projeto russo que também renovava o mandato, mas com mudanças no painel.

Além da renovação do JIM, o projeto de resolução japonês previa que o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, apresentasse em 20 dias ao Conselho "propostas sobre a estrutura e a metodologia" do painel de especialistas no terreno.

O painel conjunto da ONU e da Opaq - criado pela Rússia e os Estados Unidos em 2015, que renovou seu mandato no ano passado - deveria determinar quem é responsável pelo uso de armas químicas na Síria.


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