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Estado de Minas

Líbio acusado de ataque em Benghazi queria 'matar americanos'


postado em 16/11/2017 18:01

Acusado de fomentar o ataque contra a missão diplomática dos Estados Unidos em Benghazi, Ahmed Abu Khattala queria "matar" americanos, embora não tenha diretamente disparado ou incendiado o local, afirmou o promotor do caso nesta quinta-feira (16).

"'Matarei todos os americanos, cada um deles': isso é o que o acusado Abu Khattala declarou e foi exatamente o que fez", disse Michael DiLorenzo em sua alegação final ante uma corte federal de Washington.

"Em 11 de setembro (de 2012) ele passou à ação", prosseguiu o promotor, fazendo alusão ao suposto cérebro do ataque que matou o embaixador dos Estados Unidos na Líbia e outros três americanos.

Abu Khattala permaneceu impassível em sua cadeira, como nas últimas sete semanas de discussões de seu processo, que é traduzido para o árabe a ele.

DiLorenzo o apresentou como um fundamentalista radicalmente oposto aos valores ocidentais, que não suportava o boato de que os escritórios americanos em Benghazi eram ninhos de espiões.

Cerca de 20 homens armados invadiram o complexo diplomático, incendiaram o consulado onde se refugiavam o embaixador John Christopher Stevens e um funcionário do Departamento de Estado. Ambos morreram asfixiados.

Depois lançaram um morteiro contra um edifício usado pela CIA em outra zona de Benghazi. Lá morreram outros dois americanos.

O atentado desatou uma tormenta política nos Estados Unidos, alimentada pela oposição republicana contra a então secretária de Estado Hillary Clinton e o presidente Barack Obama.

Abu Khattala, preso na Líbia em junho de 2014 em uma incursão das Forças Armadas americanas e levado aos Estados Unidos, enfrenta 18 acusações e poderia ser sentenciado à prisão perpétua. O veredito será ditado por um júri de 12 pessoas, após as alegações finais que começaram nesta quinta-feira.

Segundo seus advogados, é um homem religioso e conservador, mas não abriga um ódio tenaz contra os Estados Unidos. O acusado aparece nos vídeos de segurança apresentados no processo, mas não disparando ou em atitude hostil.


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