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Estado de Minas

Partido Democrata italiano elege seu líder; Renzi é favorito


postado em 30/04/2017 13:37

O ex-presidente do Conselho italiano Matteo Renzi é o favorito para voltar a assumir a liderança do Partido Democrata (PD, centro-esquerda), durante uma votação aberta na qual espera uma participação suficiente para voltar ao primeiro plano da política nacional.

No início da tarde, os organizadores anunciaram que mais de 701.000 pessoas votaram às 12h00 (07h00 de Brasília), pouco menos dos 900.000 registrados na mesma hora durante as últimas primárias de 2014, mas mais que o esperado por muitos observadores.

Os cerca de 10.000 colégios eleitorais, instalados em centros culturais, bares ou nas ruas, abriram às 08h00 locais (03h00 de Brasília) e fecharão às 20h00 (15h00 de Brasília).

Todos os italianos com mais de 16 anos podem votar, além dos cidadãos de países da União Europeia que vivem no país e também os estrangeiros com visto de residência, com a única condição de pagar uma contribuição de dois euros.

Deputados do PD, assim como a imprensa, divulgaram imagens dos cidadãos comparecendo para votar. "É um festival de democracia", celebrou Renzi ante a imprensa depois de votar.

Renzi, de 42 anos, renunciou ao cargo de chefe de governo em dezembro depois de perder um referendo constitucional chave em seu país.

- O desafio da participação -

Então, enfrentando os protestos da ala esquerdista de seu partido, decidiu em meados de fevereiro renunciar como líder da formação, deixando sempre a porta aberta para voltar com mais legitimidade em uma nova votação.

Renzi enfrenta dois candidatos considerados mais a esquerda que ele: Andrea Orlando, atual ministro da Justiça, e Michele Emiliano, governador da região de Apulia, no sul.

Neste contexto, as últimas pesquisas mostram que Renzi contaria com 66,7% de apoio, contra 25,3% de Orlando e 8% de Emiliano.

Mas o verdadeiro desafio é a participação.

Quando chegou à liderança do partido, em dezembro de 2013, Renzi obteve cerca de 68% dos votos, de mais de 2,8 milhões de eleitores.

"Mais que uma concorrência, estamos diante de uma legitimação, uma espécie de coroação de Renzi como líder do PD. Podemos esperar que Renzi obtenha um grande êxito, mas com uma participação baixa. As pessoas de esquerda não parecem estar mobilizadas", explicou Lorenzo de Sio, professor de sociologia política da universidade LUISS.

Segundo Emiliano, a eleição será um fracasso se não mobilizar ao menos tanta gente quanto em 2013. Orlando situou a barreira em 2 milhões de eleitores e Renzi em um milhão.

O vencedor da votação leve conduzir o PD às próximas eleições legislativas, previstas para a primavera de 2018, a não ser que os parlamentares decidam antes uma reforma eleitoral visando eleições antecipadas.

No único debate destas eleições, Renzi afirmou que fará "todo o possível para restituir a energia, o impulso e a força do país".

Durante seu discurso, o ex-primeiro-ministro criticou "o imobilismo que parece ter bloqueado a vida política e institucional" na Itália desde o referendo.


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