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Estado de Minas

Candidato francês de esquerda radical faz sete comícios simultâneos graças a holograma


postado em 18/04/2017 22:31

O candidato da esquerda radical à eleição presidencial francesa, Jean-Luc Mélenchon, voltou a usar um holograma nesta terça-feira (18), para projetar seu discurso em sete cidades de forma simultânea, falando de Dijon, mas com ecos que chegaram até a distante reunião da ilha da Reunião, no Oceano Índico.

Em seu último comício antes do primeiro turno das eleições que acontecem no próximo domingo (23), o candidato de esquerda matou sete coelhos de uma vez, transmitindo seu discurso de Dijon por meio de um holograma projetado em Nancy, Grenoble, Montpellier, Clermont-Ferrand, Nantes e Le Port.

As pesquisas continuam apontando como favoritos o candidato de centro, Emmanuel Macron, e a de extrema esquerda, Marine Le Pen. Ambos têm apresentado, porém, tendência para baixa. Um passo atrás deles, Jean-Luc Mélenchon está em alta constante desde o final de março, voto a voto com o conservador François Fillon, que se mantém apesar dos escândalos sobre empregos-fantasma que atingiram sua campanha.

Considerando-se a margem de erro das pesquisas, o resultado do primeiro turno de 23 de abril continua em aberto.

"Não há muitas pessoas que consigam reunir 35.000 pessoas em um dia de semana", celebrou seu diretor de campanha, Manuel Bompard, referindo-se ao público total.

"O programa do povo é sobre poder viver de seu trabalho com dignidade, receber atenção médica quando alguém está doente, poder deixar de trabalhar quando chega a hora", disse o candidato.

Chamado de populista por seus adversários, o líder do França Insubmissa é um crítico da Europa e da globalização, mas nega ser de extrema esquerda. Descreve-se como um homem "apaixonado" e "insubmisso" frente à ordem estabelecida por capitalistas e liberais.

Em alusão a Macron, que defende uma liberalização da economia, Mélenchon defendeu o modelo social.

"O que é moderno é a segurança social. O que é moderno é o código do trabalho. O que é moderno é a lei para todos, o trabalho que permita que as pessoas vivam", disse ele, sobre as reformas trabalhistas promovidas por Macron como ministro da Economia.

Em seu discurso, ele também negou as acusações de que queira deixar a União Europeia (UE).

"Não acreditem naqueles que dizem a vocês: 'ele quer sair da Europa, do euro (...) vamos, um pouco de seriedade", declarou, afirmando que está "seguro" que conseguirá negociar o futuro da UE com a Alemanha.


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