Três turistas - dois austríacos e um sueco - ficaram feridos nesta sexta-feira, no Egito, no ataque a um hotel às margens do Mar Vermelho - informou a Polícia.
Segundo a Polícia, um dos agressores, um estudante na faixa dos 20 anos, foi morto.
Os três turistas "foram feridos com arma branca, mas seu estado é estável", disse à AFP o porta-voz do Ministério egípcio da Saúde, Khaled Megahed.
O ataque aconteceu no hotel Bella Vista, que fica na estação balneária de Hurghada, no leste do país. Os invasores tentaram entrar no hotel, passando pelo restaurante, que dá para a rua, indicou o Ministério do Interior, em uma nota.
De acordo com uma autoridade policial, um segundo agressor foi "gravemente ferido" neste ataque "desmantelado pelas forças de segurança".
Um agente de turismo em Hurghada, que trabalha perto do lugar do ataque, disse à AFP que a Polícia evacuou o estabelecimento e cercou a área, enquanto uma equipe verificava se havia explosivos.
Desde que o Exército destituiu o presidente islamita Mohamed Mursi em julho de 2013, e seu sucessor, Abdel Fatah al-Sissi, lançou uma dura campanha de repressão contra os partidários de Mursi, os ataques extremistas no Egito se multiplicaram.
Os balneários do Mar Vermelho pareciam estar relativamente livres desses atos violentos. Em 31 de outubro passado, porém, o braço egípcio do EI assumiu a responsabilidade pela queda de um avião russo no Sinai. Nesse episódio, 224 pessoas morreram, a maioria turistas russos que voltavam do balneário de Sharm el-Sheikh.
O grupo disse ter colocado uma bomba no avião, e o governo russo também considerou que se tratou de um atentado.
Nesta sexta, o EI reivindicou ainda a autoria de um ataque no Cairo contra um ônibus de turistas israelenses. Já o Ministério do Interior se limitou a declarar que "desconhecidos" se reuniram "perto do hotel Três Pirâmides" e atiraram contra um ônibus que transportaria turistas israelenses.
Em junho, o Egito também foi palco de um ataque suicida frustrado contra turistas no conhecido templo de Karnak, em Luxor (sul). Mais de 600 turistas estavam no templo na hora do ataque. Nenhum grupo se responsabilizou, mas nove egípcios foram condenados à prisão perpétua pelo atentado.