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Estado de Minas

Aquecimento global: grandes datas da mobilização internacional

Países começaram a se organizar em uma tentativa de reduzir as agressões ao meio ambiente ainda na década de 1980; saiba mais


postado em 12/12/2015 17:37 / atualizado em 12/12/2015 19:05

Delegados leem cópias do acordo de Paris na COP21(foto: MIGUEL MEDINA / AFP)
Delegados leem cópias do acordo de Paris na COP21 (foto: MIGUEL MEDINA / AFP)

A conferência mundial sobre o clima (COP21), que terminou neste sábado em Paris com adoção de um histórico acordo climático, é resultado de uma longa viagem iniciada pela comunidade internacional em 1988.

A conscientização: 


- 1988: Criação sob os auspícios da ONU de um Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), encarregado de fazer a síntese dos conhecimentos científicos sobre o aquecimento global.

- 1990: Primeiro relatório do IPCC, que mostra que os gases de efeito estufa ligados às atividades humanas aumentam e correm o risco de intensificar o aquecimento global. Quatro outros relatórios serão publicados em 1995, 2001, 2007 e 2014.

- 1992: A "Cúpula da Terra" do Rio de Janeiro elabora a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) e faz um apelo para uma redução voluntária das emissões de gases de efeito estufa.

Anualmente, desde 1995, a Conferência das Partes (COP), que reúne todos os países signatários (195 países e a União Europeia), se reúne para tentar avançar na luta contra o aquecimento global. 

Kyoto, uma ratificação custosa


- 1997: Adoção do Protocolo de Kyoto que impõe aos países industrializados de reduzir até 2012 suas emissões de gases de efeito estufa de 5,2% com relação a 1990. Ele não se aplica aos grandes emergentes como a China, a Índia e o Brasil. Os Estados Unidos, então maior poluidor do mundo, se recusaram a ratificar o acordo em 2001. 

- 2005: O Protocolo de Kyoto entra em vigor em fevereiro, após ter sido ratificado pela Rússia em 2004.

Em novembro, a Conferência de Montreal (COP11) coloca o protocolo em prática, o que torna possível a criação de mercados de carbono. 

- 2006: A China se torna, no lugar dos Estados Unidos, primeiro emissor de CO2 do mundo, seguidos pela União Europeia, Índia, Rússia e Japão.

- 2007: O 4º relatório do IPCC estima a partir de então "irrefutável" e "sem equívoco" o aquecimento global em curso, tendo como consequências previsíveis a multiplicação dos eventos extremos e a elevação do nível dos oceanos em dezenas de centímetros até o final do século. 

Em outubro, o IPCC recebe, com o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore, o Prêmio Nobel da Paz. No entanto, o grupo vê sua reputação abalda após a descoberta de erros no quarto relatório, incluindo a alegação de que as geleiras do Himalaia "poderiam desaparecer até 2035".

Decepção de Copenhague 


- 2009: Em dezembro, ocorre o grande encontro climático de Copenhague. A conferência não atende às expectativas, mas culmina num acordo político negociado 'in extremis' que envolve pela primeira vez China e Estados Unidos.

O texto estabelece como objetivo limitar a alta da temperatura do planeta em 2º com relação à Revolução Industrial, mas continua evasivo sobre os meios para realizar isso. 

Ele também prevê uma ajuda de 100 bilhões de dólares ao ano até 2020 para apoiar as políticas climáticas dos países mais pobres.

- 2010: O Acordo de Cancún (México) apresenta a criação de um Fundo Verde para ajudar os países em desenvolvimento a lidar com o aquecimento global, mas a questão das fontes de financiamento não fica ajustada.

- 2014: O quinto relatório do IPCC prevê um aumento da temperatura global até o fim deste século de 3,7-4,8°C em relação a 1850-1900 se nada for feito para contrariar esta tendência.

Negociações custosas são realizadas em Lima para encontrar um consenso até dezembro de 2015 sobre um texto destinado a assumir o papel do Protocolo de Kyoto a partir de 2020.

Ver galeria . 14 Fotos Da esquerda para a direita, a negociadora francesa na COP21, Laurence Tubiana, a secretária-geral da Conferência das Partes da ONU (UNFCCC), Christiana Figueres, e o presidente da conferência sobre aquecimento global de Paris (COP21), o chanceler francês Laurent Fabius, comemoram a adoção do acordo em Paris FRANCOIS GUILLOT / AFP
Da esquerda para a direita, a negociadora francesa na COP21, Laurence Tubiana, a secretária-geral da Conferência das Partes da ONU (UNFCCC), Christiana Figueres, e o presidente da conferência sobre aquecimento global de Paris (COP21), o chanceler francês Laurent Fabius, comemoram a adoção do acordo em Paris (foto: FRANCOIS GUILLOT / AFP )


Acordo histórico


- 30 de novembro de 2015: pontapé inicial da COP21, em Paris, onde espera-se o primeiro acordo envolvendo todos os países na redução das emissões de gases com efeito de estufa. 

11 de dezembro: após uma noite de negociações, vários países aproximam suas posições. A aprovação de um acordo final é anunciada para o dia seguinte.

12 de dezembro: um acordo inédito para lutar contra o aquecimento global, cuja velocidade ameaça o planeta com catástrofes climáticas, é adotado sob uma salva de palmas por 195 países, após vários anos de negociações extremamente árduas.


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