O governista Daniel Scioli e seu adversário Mauricio Macri saíram às ruas nesta quarta-feira para conquistar os argentinos indecisos, que serão a chave para a eleição do futuro presidente da Argentina.
Em La Matanza, distrito de quase dois milhões de habitantes na região de Buenos Aires e considerado um termômetro eleitoral, Scioli prometeu um governo "sem ajustes para os trabalhadores", com aumentos de salários, redução de impostos e melhorias para os aposentados.
A menos de três semanas do segundo turno das eleições, no dia 22 de novembro, os dois candidatos à sucessão da presidente Cristina Kirchner reforçam os ataques mútuos e multiplicam os comícios.
Scioli, governador da província de Buenos Aires, caminhou por uma rua de La Matanza, onde foi cercado por uma multidão que queria tirar um selfie, em meio a dezenas de jornalistas que cobriam o evento.
"Queremos que nos acompanhem neste capítulo de grande desenvolvimento da Argentina e que vejam os contrastes dos dois projetos para o país, das duas visões da Argentina do futuro e das prioridades distintas que temos".
No norte do país, Macri foi interpelado por um grupo de partidários do governo Kirchner, que tentou impedir sua saída do Aeroporto del Chaco.
Macri, prefeito de Buenos Aires, subiu em uma caminhonete para percorrer as ruas e saudar seus partidários na cidade de Resistência. "Estamos vencendo os medos que nos quiseram impor".
"O mito de que eram invencíveis caiu. Os argentinos já votaram majoritariamente pela mudança", afirmou Macri, que nos próximos dias percorrerá o interior do país.
No primeiro turno, Scioli obteve 36,8% dos votos, contra 34,3% para Macri, que surpreendeu todos os prognósticos.