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Estado de Minas

Filme inspirado em Strauss-Kahn estreia nos EUA em versão modificada


postado em 27/03/2015 15:10

Um filme inspirado no escândalo sexual que acabou com a carreira de Dominique Strauss-Kahn estreia nesta sexta-feira nos Estados Unidos, embora em uma versão modificada sem a aprovação de seu diretor.

"É uma censura arbitrária", declarou o diretor americano Abel Ferrara ao The New York Times. "A versão ilegal (...) muda completamente o conteúdo político do filme".

Embora a produção proclame estar inspirada em "um caso judicial" e ser pura ficção, "Welcome to New York" é considerado um reconto ficcionado sobre a queda do ex-diretor do Fundo Monetário Internacional, num momento em que ele se projetava inclusive como futuro presidente da França.

No filme, Gerard Depardieu encarna um homem chamado Georges Devereaux, que mostra uma semelhança surpreendente com Strauss-Kahn, cujo suposto abuso sexual de uma camareira de hotel em Nova York em 2011 comoveu o mundo.

Ferrara declarou que lançará ações legais pelo lançamento de sua história modificada, que nos Estados Unidos é distribuída pela IFC Films, disse a revista especializada The Hollywood Reporter.

A versão modificada é 15 minutos mais curta que a original e a cena do estupro também é mostrada como um flashback e do ponto de vista da funcionária, detalhou o advogado de Ferrara ao The New York Times.

No original, a culpa do personagem de Depardieu é evidente, e o diretor deixa entrever sua simpatia inexistente aos homens poderosos que têm uma relação abusiva com as mulheres, disse o The Hollywood Reporter.

No ano passado, o filme estreou em Cannes à margem do festival de cinema e foi lançado na Grã-Bretanha.

Strauss-Kahn foi detido em Nova York e colocado sob prisão domiciliar durante semanas depois de pagar uma fiança de um milhão de dólares.

As acusações criminosas foram finalmente retiradas e em 2012 perdeu uma demanda civil pelo mesmo fato, o que o obrigou a pagar uma quantia não revelada por perdas e danos que, segundo algumas informações da imprensa, superaram 1,5 bilhão de dólares.


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