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Estado de Minas

Campanha eleitoral na Nigéria termina sob forte esquema de segurança


postado em 26/03/2015 18:10

Última chamada para os eleitores, segurança reforçada: a campanha eleitoral na Nigéria terminou nesta quinta-feira à noite, a menos de 48 horas de uma disputa presidencial tida como apertada, sobre a qual paira a sombra do Boko Haram.

A secretária assistente para Assuntos Africanos, Linda Thomas-Greenfield, a mais alta diplomata americana na África, viajará para a Nigéria para acompanhar as eleições, informou nesta quinta-feira o Departamento de Estado, ao anunciar uma medida incomum para Washington, que está monitorando de perto a crise islamita no país.

A alta funcionária vai liderar "uma missão de observação diplomática" das eleições presidenciais e legislativas, previstas para o sábado, segundo um comunicado.

Enquanto isso, a ofensiva regional contra insurgentes islâmicos no nordeste do gigante demográfico e econômico do continente africano avançou com a recuperação da cidade de Gachagar, perto da fronteira com o Níger.

A poucas horas antes do fim oficial da campanha, à meia-noite desta quinta-feira, hora local (20H00 de Brasília), o atual presidente, Goodluck Jonathan, de 57 anos, e seu principal rival, o ex-general Muhammadu Buhari, de 72 anos, lado a lado segundo as pesquisas eleitorais, usaram suas últimas forças.

"Eu não me lembro de uma eleição tão importante na história da nossa nação, e precisamos do seu apoio", disse o presidente Jonathan, candidato do Partido Democrático Popular (PDP), em sua última mensagem retransmitida pela imprensa nigeriana.

Buhari, do partido Congresso Progressista (APC), que estava à frente de uma junta militar na década de 1980 e gosta de se definir como um "democrata convertido", baseou sua campanha na "mudança". O PDP está no poder desde o fim da ditadura militar, em 1999.

Em sua última mensagem para os eleitores, ele se comprometeu a garantir que "nunca mais os terroristas encontrarão refúgio na Nigéria".

Períodos eleitorais costumam ser bastante violentos no país mais populoso da África (173 milhões de habitantes), maior economia do continente.

Durante a última eleição presidencial, em 2011, cerca de mil pessoas foram mortas após o anúncio da vitória de Jonathan contra Buhari, que já era seu principal adversário.

Segundo a Comissão de Direitos Humanos da Nigéria, a violência durante a campanha já custou cerca de 60 vidas.

À violência política somam-se as ameaças de ataques islâmicos: com seus redutos no nordeste do país minados, o Boko Haram, grupo leal à organização Estado Islâmico (EI), prometeu atrapalhar a votação.

Originalmente programadas para 14 de fevereiro, as eleições foram adiadas oficialmente por causa dos muitos militares mobilizados contra o Boko Haram no nordeste.

O Departamento de Serviços do Estado (DSS), a agência de inteligência nigeriana, pediu maior vigilância no sábado em lugares lotados, com medo de atentados suicidas.

"Pedimos aos eleitores que desconfiem de pessoas usando roupas muito largas ou com volumes da altura da barriga", afirmou um porta-voz do DSS.


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