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Estado de Minas

Portugal prende altos funcionários ligados à concessão de vistos permanentes


postado em 13/11/2014 22:31

A polícia portuguesa prendeu 11 pessoas e fez 60 batidas, nesta quinta-feira, em vários ministérios, em uma investigação por corrupção na entrega dos chamados "vistos de ouro", reservados aos investidores estrangeiros - informaram as autoridades.

Entre os detidos, há vários funcionários de alto perfil, como o chefe da Polícia de Fronteira, Manuel Jarmela Palos; a secretária-geral do Ministério da Justiça, Maria Antonia Anes; e o diretor administrativo dos notários, Antonio Figueiredo, declarou a Procuradoria Geral em um comunicado.

A investigação revelou delitos de "corrupção, tráfico de influência, malversação de recursos e lavagem de dinheiro, relacionados à entrega de vistos de ouro", completou a Procuradoria.

Os agentes fizeram batidas nos Ministérios do Interior, do Meio Ambiente e da Justiça, assim como na sede da Polícia de Fronteira.

Precisando de capitais estrangeiros, Portugal concede, desde outubro de 2012, vistos a investidores estrangeiros dispostos a gastar 500.000 euros - 623.800 dólares - na compra de uma casa, ou apartamento, por uma duração mínima de cinco anos.

A medida atraiu mais de 1 bilhão de euros, em pouco mais de dois anos, para um total de 1.649 vistos entregues, em sua maioria, a investidores chineses - além de brasileiros, russos e sul-africanos, segundo o Executivo.

Uma vez obtido o visto, os investidores não são obrigados a viver no país de forma permanente, tendo de residir em Portugal por apenas sete dias ao ano. Muitos investidores aproveitam o visto para viajar livremente e fazer negócios no espaço Schengen, que permite a livre circulação de pessoas entre os Estados signatários europeus.


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