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Estado de Minas

Guru da moda Anna Wintour ganha imitação na Semana de Moda de Nova York


postado em 09/09/2014 19:31

Durante a Semana de Moda, Anna Wintour é a primeira da fila em todos os desfiles, imaculada, com seu corte de cabelo e escova impecáveis e grandes óculos escuros. Mas, quando chega a meia-noite, ela aparece transformada em uma casa noturna.

Entram em cena então outro cabelo, óculos e uma língua de cobra exposta: o cantor cômico Ryan Raftery utiliza os traços marcantes com talento em uma sátira musical que critica e faz rir da indústria da moda, brincando com sua alta sacerdotisa.

Wintour, editora-chefe da edição americana da famosa revista Vogue, sentada em berço esplêndido sobre uma indústria de 300 bilhões de dólares nos últimos 26 anos, é famosa por seu estilo impecável e sua personalidade difícil.

Seu mundo, que gira em torno das mulheres mais glamourosas do planeta, é alvo de uma paródia em Manhattan.

O espetáculo, "Ryan Raftery is the Most Powerful Woman in Fashion" ('Ryan Raftery é a mulher mais poderosa da moda'), tem como tema central a polêmica decisão de colocar a estrela da TV Kim Kardashian e seu marido rapper Kanye West na capa da Vogue em abril, decisão que indignou os puristas da moda.

Vestida com uma peruca ruiva curta, óculos escuros, jaqueta e um top de lantejoulas, a Wintour de Raftery derrama todo seu desprezo sobre os pobres mortais abaixo dela e faz piada sobre o mundo da moda através de canções pop cujas letras foram reescritas.

A paródia, apresentada durante quatro noites no Public Theater de Nova York, começa com uma canção sobre compras, "Skymall", que transforma a música "Skyfall" da cantora Adele.

O cantor dança em outra canção, em que confessa uma aventura extraconjugal com o milionário texano Shelby Bryan.

Raftery vê Wintour metade como Hillary Clinton e metade como uma vilã de "Guerra nas Estrelas". "Tem toda a pinta de um Darth Vader, por seu cabelo como um capacete e porque sempre tem o mesmo olhar".

"Mas é tão astuta quanto Hillary", conclui.

Ryan viu Wintour apenas uma vez, em um cruzamento movimentado de Nova York, onde ela se ficou perto dele, de café nas mãos, braços cruzados, óculos escuros e cabelo irretocável.

Darth Vader e uma careta

"Eu disse 'Bom dia, Anna', ela fez um tipo de careta e continuou andando. E isso é exatamente o que você quer ao conhecê-la", diz Raftery.

"Quer que seja como em 'O Diabo veste Prada'", diz em referência ao filme onde Meryl Streep deu vida a uma personagem baseada livremente em Wintour, uma editora cruel e arrogante de uma revista de moda.

O espetáculo de Raftery é incrivelmente exagerado e extravagante, mas também explora o lado mais delicado da mulher que inspirou o filme.

"Mais do que tudo quero que as pessoas entendam que há uma pessoa real. Não é o Darth Vader, apesar de poder parecer o Darth Vader".

No final Raftery faz um monólogo sobre o quanto é difícil ser Wintour e manter sempre seu look perfeito: "Agora mesmo tenho 26 produtos no meu cabelo", brinca.

Apesar de fazer piada dessa lenda da moda, Raftery não é outra coisa senão um fã de Anna Wintour.

"Acredito que as pessoas a veem como uma nova-iorquina icônica, como a Estátua da Liberdade e o prédio da Chrysler".

A filha de Wintour, Bee Shaffer, viu o espetáculo na primeira noite e disse que gostou muito. Foi sua própria mãe que a enviou para essa missão.

"Faz todo sentido para mim. Anna não vai deixar alguém estrear um espetáculo sobre ela em sua cidade, em uma lugar de boa reputação, e não saber nada sobre ele!", disse Raftery.

Shaffer postou em seu Instagram uma foto de bastidores com o cantor e a lenda da moda, com a frase: "Minha mãe substituta?".

"Sua filha não poderia ser mais encantadora", disse Raftery.

"Ela me disse que ia falar para sua mãe que o espetáculo era um sucesso, e agora sinto que Anna o abençoou".


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