O líder opositor Henrique Capriles confirmou nesta quarta-feira que participará no diálogo de paz acertado entre a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) e o governo venezuelano, depois de mais de dois meses de protestos antigovernamentais que deixaram 39 mortos.
"Digo ao nosso povo: eu vou amanhã defender a verdade porque com a verdade em temo nem ofendo. Se querem abrir este espaço, lá estaremos", assegurou Capriles, governador do estado Miranda (norte), falando em um comício.
Capriles, que faz parte da ala moderada da MUD, perdeu as eleições de 14 de abril de 2013 ante Maduro por uma margem de 1,5% dos votos, a diferença mais estreita entre a oposição e o chavismo nos últimos 15 anos.
Nesta quarta, a Venezuela enviou um convite formal ao secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, para que seja "testemunha de boa fé" do diálogo de paz acertado pelo governo e oposição.
O convite foi anunciado horas depois que o governo da Venezuela e a opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) acertaram na noite de terça-feira iniciar nas "próximas horas" um diálogo sob a supervisão de "facilitadores" da Unasul para superar a crise no país, apesar da rejeição de importantes setores da oposição.
Entre as condições para o diálogo tanto o governo como a oposição concordaram com a presença de testemunhas de boa fé.