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Estado de Minas

EUA e UE adotam sanções contra autoridades russas

Medidas foram anunciadas após resultado do referendo que aprovou a integração da Crimeia à Rússia


postado em 17/03/2014 11:40 / atualizado em 17/03/2014 13:48

União Europeia (UE) e Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira sanções contra autoridades ucranianas e russas, incluindo o presidente destituído da Ucrânia Viktor Yanukovytch no caso americano, um dia depois do referendo no qual os moradores da Crimeia defenderam a separação da península do território ucraniano.

O presidente americano, Barack Obama, advertiu que os Estados Unidos estão preparados para impor sanções suplementares à Rússia, afirmando que uma decisão diplomática ainda é possível para solucionar a crise.

Falando a partir da sala de imprensa da Casa Branca - um dia após o referendo de anexação da Crimeia à Rússia e pouco depois do anúncio de Washington e da União Europeia sobre a aplicação de sanções contra autoridades russas e ucranianas de alto escalão- , Obama ressaltou que "novas provocações só aumentarão o isolamento da Rússia".

A UE anunciou sanções contra personalidades consideradas responsáveis pela organização do referendo, no qual os habitantes da Crimeia votaram a favor da separação da Ucrânia e da união à Rússia, informou o Conselho Europeu.

"Acabamos de aprovar sanções - restrições de viagem e bloqueio de bens - contra 21 personalidades da Ucrânia e da Rússia", confirmou no Twitter o ministro lituano das Relações Exteriores, Linas Linkevicius.

"Tomamos os primeiros passos em ações concretas, restrição de viagens e congelamento de contas bancárias, contra 21 pessoas", disse à AFP o ministro.

"Há personalidades (na lista) da Crimeia e autoridades russas, principalmente da Duma (câmara baixa do Parlamento) e militares que participaram nas ações ilegais", completou.

Uma fonte diplomática europeia indicou que as sanções, "por seis meses renováveis", afetam 13 russos e oito ucranianos. Na lista, que será divulgada no Boletim Oficial, não constam membros do governo russo, apenas personalidades do "segundo escalão".

Os ministros também programaram para sexta-feira a data da assinatura do capítulo político de um acordo de associação com a Ucrânia, durante uma reunião de cúpula de chefes de Estado e de Governo em Bruxelas.

O acordo de associação não foi assinado pelo presidente destituído ucraniano Viktor Yanukovytch no fim de novembro, o que provocou uma onda de protestos que levaram à atual crise.

Poucos minutos depois do anúncio do bloco europeu, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decretou sanções contra 11 altos funcionários russos e ucranianos, incluindo Yanukovytch, em represália pelo referendo de anexação da Crimeia à Rússia.

O congelamento de ativos nos Estados Unidos afetará o vice-primeiro-ministro russo Dmitri Rogozin, a presidente do Conselho da Federação (câmara alta do Parlamento) Valentina Matvienko, dois conselheiros ligados ao presidente Vladimir Putin e dois legisladores da Duma.

Entre os ucranianos, Washington decidiu aplicar sanções contra o ex-presidente pró-Moscou Yanukovytch, um de seus auxiliares e dois ativistas separatistas da Crimeia.

O pacote de sanções constitui a mais grave confrontação entre Estados Unidos e Rússia desde o fim da Guerra Fria, e acontece no momento em que a Crimeia adota passos concretos para unir-se à Rússia, um dia depois de um referendo que os países ocidentais consideram ilegítimo.


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