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Estado de Minas

Garoto chinês que teve olhos arrancados para o tráfico de órgãos ganha prótese

Apesar da intervenção médica, o menino não irá recuperar a visão


postado em 12/12/2013 14:52 / atualizado em 12/12/2013 14:56

Guo posa ao lado dos pais: prótese dá aparência normal ao garoto(foto: C-mer Dennis Lam Eye Hospital/AFP Photo)
Guo posa ao lado dos pais: prótese dá aparência normal ao garoto (foto: C-mer Dennis Lam Eye Hospital/AFP Photo)

O menino chinês Guo Bin, de 6 anos, que teve os olhos arrancados em agosto deste ano, recebeu alta do Hospital de Olhos C-Mer nessa quarta-feira (11/12). Ele teve olhos artificiais implantados em 10 de setembro para ter uma aparência normal. Apesar da intervenção médica, o menino não irá recuperar a visão. As próteses se movimentam como os olhos humanos, mas não permitem que o menino volte a enxergar.

Nesta quinta-feira (12/12), Guo posou para fotos ao lado dos pais e, com a ajuda da mãe, escreveu o ideograma que representa a palavra "obrigado".

Depois de inteirar-se da atrocidade, o médico de Hong Kong Dennis Lam ofereceu operar Guo de graça. O objetivo da cirugia é colocar implantes oculares para, mais tarde, substituí-los por uma prótese. "O menino não tem mais o globo ocular, por isso colocamos implantes. É um globo artificial que dá volume ao olho", explicou o médico. Lam acha que dentro de cinco ou dez anos o menino poderá ganhar olhos biônicos conectados diretamente ao cérebro, o que fará com que recupere entre 20% e 40% de sua capacidade visual.

Crime revoltou o país

Em 24 de agosto, o garoto chinês foi drogado e teve os globos oculares extirpados para um suposto tráfico de órgãos, um crime selvagem que provocou uma onda de indignação no país. O crime odioso ilustra mais uma vez o problema da carência de órgãos na China, situação que alimenta o tráfico.

A principal suspeita de ter cometido o crime é a tia da criança, que se suicidou uma semana depois. Investigadores locais acreditam que a atrocidade tenha sido motivada também por motivos de disputa familiar.


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