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Estado de Minas

Maduro denuncia sabotagem em apagão que deixou metade do país sem luz

Blackout ocorreu no momento em que o presidente discursava em cadeia nacional


postado em 03/12/2013 17:22 / atualizado em 03/12/2013 19:02

Presidente do país se posicionou nesta terça-feira sobre o apagão ocorrido na véspera(foto: JUAN BARRETO / AFP)
Presidente do país se posicionou nesta terça-feira sobre o apagão ocorrido na véspera (foto: JUAN BARRETO / AFP)
O governo avenezuelano atribui nesta terça-feira a falta de energia que acometeu o país na véspera a sabotagens, enquanto especialistas apontam problemas de infra-estrutura. O apagão aconteceu às 20h10 (22h40 de Brasília) de segunda-feira em Caracas e em várias cidades do centro-oeste do país, no momento em que o presidente Nicolás Maduro falava em rede obrigatória de rádio e televisão para se referir à "guerra econômica" contra a burguesia. O apagão afetou metade da Venezuela na segunda-feira e deixou milhões de pessoas às escuras na hora do jantar, no segundo grande corte de luz em três meses no país.


Em Caracas, a falta de energia provocou "panelaços" isolados ou "buzinaços" nas ruas. Muitos automóveis ficaram presos no tráfego, diante do colapso do sistema de semáforos.


O presidente Maduro responsabilizou "a direita fascista" pela interrupção do serviço. Segundo ele, a falha foi na mesma estação que registrou, em 3 de setembro, um problema similar. Nesse dia, 70% do país ficaram sem energia por pelo menos três horas.


Do Palácio de Miraflores, Maduro insistiu em que a oposição provocou uma "sabotagem no sistema elétrico" a poucos dias das eleições para prefeitos e vereadores do próximo domingo. Para o líder da oposição, Henrique Capriles, trata-se de um plebiscito da gestão governamental.


"São ataques ao serviço elétrico para desconectá-lo por dias (...) não vão nos fazer suspender as eleições", garantiu o governante, alertando para possíveis "conspirações" contra a indústria petroleira, principal fonte de receita do país.


"Não há razões para que tenha acontecido o apagão", disse Maduro, lembrando que o governo aumentou os megawatts de geração elétrica.


Para o engenheiro elétrico José Manuel Aller, "é pouco provável a explicação dada pelo governo" porque "pouco antes do apagão houve uma oscilação na rede, que ocorre geralmente quando os limites de transmissão são excedidos, ocasionando uma falha que ativa os sistemas de segurança".


Aller comentou que as linhas de transmissão são "muito extensas", motivo pelo qual são suscetíveis a que qualquer "elemento climático, uma chuva, raios, ou uma tempestade produzam uma falha".


"O governo tenta atribuir esse episódio à sabotagem. Para mim, é suspeito, porque dizem que aconteceu no mesmo lugar que em setembro, quando o governo ordenou a militarização das estações elétricas. É muito difícil que alguém tente acessar esse sistema", acrescentou.


O ministro venezuelano da Energia Elétrica, Jesse Chacón, insistiu em que a falha foi "provocada" e a atribuiu à coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD). Chacón anunciou que foi aberta uma investigação para conhecer "os que agiram na linha (...) causando aos venezuelanos de grande parte da região (...) esse nível de incômodo que têm tido".


Capriles criticou as acusações do governo.


"O país afetado pelo apagão que gera intranquilidade e porta-vozes do governo com declarações patéticas. Alguma vez em sua vida sejam responsáveis!", escreveu em sua conta no Twitter.


Em 2012, o governo do falecido Hugo Chávez decretou emergência do setor elétrico por problemas na principal hidroelétrica do país causados pela seca e pelo desperdício de energia. O país ficou mergulhado em racionamentos por vários meses.


Em abril, Maduro decretou uma nova situação de emergência elétrica. O quadro de urgência foi prorrogado em agosto por mais 90 dias, apesar de ter anunciado que houve melhorias consideráveis no setor.


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