(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Polícia investiga motivações do atirador da base naval em Washington

As primeiras descobertas revelam que Aaron Alexis sofria de problemas comportamentais


postado em 17/09/2013 15:49 / atualizado em 17/09/2013 16:03

A Polícia tentava determinar nesta terça-feira as motivações do homem que matou 12 pessoas na segunda em uma base administrativa da Marinha americana em Washington, onde as bandeiras serão mantidas a meio mastro assim como no restante do país.

O atirador, morto a tiros pela polícia, chamava-se Aaron Alexis, tinha 34 anos e seria originário de Fort Worth (Texas), de acordo com o FBI. "Ele teria entrado (nas instalações da Marinha) por meios legítimos", indicou à AFP um funcionário da Defesa.

Mas as primeiras revelações sobre o passado deste ex-militar e seus problemas comportamentais levantam questões sobre como esse tiroteio pode acontecer. "Este é um dos lugares mais seguros do país. E como tudo isso aconteceu é inacreditável", afirmou o prefeito de Washington DC, Vincent Gray. "É difícil acreditar que alguém como este homem possa ter obtido as autorizações, as qualificações para entrar na base", acrescentou.

O tiroteio no coração da capital federal é o maior em uma instalação militar desde a morte de 13 soldados na base de Fort Hood, Texas (sul), em 2009. O acesso ao local do incidente na manhã desta terça era restrito ao pessoal essencial, para facilitar o trabalho dos investigadores do FBI, de acordo com a Marinha.

O ministro da Defesa, Chuck Hagel, que falou de "um dia trágico" para o Exército e para o país, depositou nesta manhã uma coroa de flores no Memorial da Marinha para homenagear as vítimas. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou que as bandeiras fossem hasteadas a meio mastro até sexta-feira à noite.

Na segunda-feira à noite, a Hewlett-Packard revelou que Alexis trabalhava como programador de uma empresa terceirizada responsável pela atualização da intranet da Marinha e do corpo de fuzileiros navais americanos. A Polícia Federal americana lançou um apelo público por informações sobre o atirador. "Queremos saber tudo o possível sobre seus movimentos recentes, contatos e conhecimentos", indicou.

Acesso de fúria


A Marinha americana confirmou que Alexis, nascido em Nova York, tinha servido nesta força entre 2007 e 2011, antes de virar funcionário terceirizado de defesa na empresa de informática Hewlett Packard (HP). O jovem teria se envolvido em uma série de incidentes relacionados ao seu comportamento, enquanto estava nas Forças Armadas, segundo um oficial militar sob condição de anonimato. Mas, apesar da conduta inapropriada e casos de insubordinação, Aaron Alexis nunca foi alvo de processos judiciais e deixou a Marinha com honras.

Ele era conhecido por praticar meditação num templo budista, mas também por seus ataques de fúria. Foi preso em 2010, no Texas, por ter atirado no teto de seu apartamento, o que aterrorizou sua vizinha, e em 2004, em Seattle, por ter atirado nos pneus de uma pessoa em frente a sua casa.

Seu pai evocou as "dificuldades para controlar sua raiva" e falou de transtorno de estresse pós-traumático (PTSD), que ele sofria desde os ataques de 11 de setembro de 2001, de acordo com um relatório da polícia divulgado no site Seattle.gov. Por trabalhar numa empresa que prestava serviços à Marinha, Alexis possuía uma habilitação que possibilitava a sua entrada no complexo.

Esse procedimento de habilitação foi concebido para "determinar se uma pessoas representa um risco potencial de espionagem", e não para "desqualificar" uma pessoas que pode ter cometido um delito menor no passado, explicou à AFP um responsável do Pentágono. "Temos a certeza de que há apenas uma única pessoa responsável pela perda de vidas no prédio", garantiu na segunda a chefe de polícia da capital, Cathy Lanier.

As autoridades averiguaram durante todo o dia se Aaron Alexis tinha beneficiado ou não da cumplicidade de outro atirador.

O prefeito de Washington não quis especular sobre as motivações do atirador, mas apontou para os cortes de gastos que provocaram a diminuição da segurança no complexo de Navy Yard.

Na Casa Branca, o presidente Barack Obama condenou o que chamou de ato covarde e lamentou mais um tiroteio no país. "Estamos outra vez diante de um tiroteio generalizado", lamentou. "À medida que a investigação sobre o ocorrido avançar, faremos o possível para que quem quer que tenha cometido este ato covarde seja responsabilizado", disse o presidente.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)