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Estado de Minas

Após bloqueio no G20 sobre a Síria, tensão cresce entre Rússia e EUA


postado em 06/09/2013 10:01

Ante a inflexível recusa russa, os Estados Unidos não conseguiram ampliar sua aliança contra a Síria no G20 de São Petersburgo, o que fez redobrar as críticas de Moscou, que advertiu os Estados Unidos sobre o risco de ataque ao arsenal químico sírio.

A tensão entre os dois países, cujas relações estão em seu nível mais baixo, aumentou após uma breve trégua que durou apenas alguns segundos com o aperto de mãos entre Vladimir Putin e Barack Obama na abertura da cúpula na quinta-feira.

A Rússia não teve nada a acrescentar ao debate político sobre a Síria nos Estados Unidos; Moscou mantém o Conselho de Segurança como "refém": os americanos estão fartos com o implacável bloqueio, reforçado quinta-feira à noite durante o jantar no Palácio Peterhof, a poucos quilômetros da antiga capital imperial russa.

"Não acredito que os russos tenham nada a acrescentar ao debate nos Estados Unidos, já que conhecemos a posição da Rússia sobre uma eventual intervenção militar na Síria", disse Ben Rhodes, conselheiro adjunto de segurança nacional para comunicações estratégicas da Casa Branca.

Na quinta-feira, a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Samantha Power, acusou Moscou de manter "refém" o Conselho de Segurança, impedindo, junto com a China, qualquer plano de ataque.

=== Novo navio de guerra ====

Nesta sexta-feira, o ministério russo das Relações Exteriores advertiu o governo dos Estados Unidos sobre o risco de atacar os depósitos de armas químicas do regime sírio.

"Advertimos às autoridades americanas e seus aliados que qualquer ataque contra instalações químicas e os arredores provocaria uma virada perigosa na crise síria", segundo um comunicado.

Moscou também continua a reforçar sua frota na costa síria.

Washington e Paris defendem um ataque militar contra a Síria como punição ao suposto uso de armas químicas no dia 21 de agosto contra civis.

Um novo navio de guerra segue para a região após embarcar uma "carga especial" em Novorossiïsk (Mar Negro), anunciou nesta sexta uma fonte militar citada pela agência Interfax.

A Rússia, cujos navios de guerra estão posicionados no leste do Mediterrâneo desde o início da crise síria, enviou vários outros navios, incluindo destróieres, um de observação eletrônica e dois grandes de desembarque.

Alguns líderes, como o secretário-geral da ONU Ban Ki-Moon, ainda tentaram salvar o que poderia ser o G20.

A tradicional foto de família foi registrada em poucos segundos em frente do Palácio de Constantino, com Barack Obama e Vladimir Putin separados pelo presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono.

Ban ki-Moon encontrou-se nesta sexta com o presidente francês François Hollande e o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan, dois membros do campo favorável a uma intervenção, e Angela Merkel, que acredita em uma solução política.

De acordo com fontes alemãs, a chanceler alemã foi convidada a fornecer "o mais rápido possível", os resultados da investigação dos inspetores da ONU sobre o ataque químico de 21 de agosto.

==== Situação humanitária ====

Ban Ki-moon também participou de uma reunião de trabalho sobre a situação humanitária na Síria, dizendo que a ação humanitária "sofria de limitações de acesso, insegurança e dificuldades financeiras".

"Devo advertir que uma apressada ação militar" vai contribuir para aumentar a violência entre religiões no país, acrescentou Ban.

O enviado especial da ONU Lakhdar Brahimi, chamado a São Petersburgo pelo secretário-geral da ONU para ajudar a defender a causa da não-intervenção, deve participar ao meio-dia do almoço de trabalho com ministros das Relações Exteriores do G20.

Os ministros das Relações Exteriores e da Defesa da União Europeia devem se reunir sexta-feira e sábado, em Vilnius para tentar encontrar uma posição comum.

A tensão entre russos e americanos aumenta a medida que se aproxima o dia 9 de setembro, a data oficial do retorno do Congresso americano que votará a favor ou contra os ataques.

Em uma tentativa de ganhar apoio, Obama cancelou uma viagem planejada na segunda-feira para defender o seu projeto de intervenção.

O presidente do Parlamento sírio pediu aos congressistas dos Estados Unidos que não autorizem um ataque militar contra seu país, informou a agência de notícias estatal Sana.


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