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Estado de Minas

O Egito desde a queda de Mursi


postado em 06/07/2013 18:49

Principais acontecimentos no Egito desde a deposição do presidente Mohamed Mursi na última quarta-feira pelo Exército, após onda de manifestações.

-- QUARTA-FEIRA, 3 DE JULHO --

Às 21h09 (16h09, horário de Brasília), o ministro da Defesa e chefe do Exército, general Abdel Fattah al-Sissi, anuncia que o presidente da Alta Corte Constitucional, Adly Mansour, assumirá o governo do país, destituindo de vez o presidente Mursi.

Em discurso televisionado, Mansour anuncia a suspensão da Constituição ao lado dos principais líderes muçulmanos e cristãos do país e do representante da oposição, Mohammed ElBaradei. O "mapa do caminho" redigido pelo Exército prevê um gabinete "dotado de plenos poderes" e a realização de eleições legislativas e presidenciais em data não especificada.

No Cairo, milhares de opositores a Mursi comemoram sua queda na praça Tahrir, enquanto simpatizantes do presidente atacam prédios das forças de segurança. Confrontos com as forças de ordem e brigas entre simpatizantes e opositores deixam 10 mortos.

Mursi denuncia um "golpe de Estado". Em uma gravação, ele diz ser o "presidente eleito do Egito", pedindo para que seus partidários defendam sua legitimidade. Ele é preso logo em seguida.

o presidente americano, Barack Obama, diz estar "profundamente preocupado" e pede o retorno do poder a um governo civil o mais rápido possível.

-- QUINTA-FEIRA, 4 DE JULHO --

No início da manhã, o presidente deposto é transferido para o Ministério da Defesa, onde é preso de "forma preventiva", enquanto sua equipe é retida em um prédio militar. Segundo o jornal Al-Ahram, um mandado de prisão visa aos 300 membros da Irmandade Muçulmana.

O presidente interino, Adly Mansour, presta seu juramento, prometendo "proteger o sistema republicano" e ser "o protetor dos interesses públicos".

-- SEXTA-FEIRA, 5 DE JULHO --

Diante de milhares de simpatizantes mobilizados para uma "sexta-feira de recusa" ao "golpe de Estado militar" e "ao Estado policial", o Guia Supremo da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie, pede que "milhões saiam às ruas até que" o presidente deposto retorne ao poder.

Confrontos entre manifestantes pró e anti-Mursi, mas também entre simpatizantes do presidente e soldados, deixam 30 mortos, muitos por tiros, e mais de 1.400 feridos, especialmente no Cairo e em Alexandria.

No Sinai, região instável que faz fronteira com Gaza e Israel, cinco policiais e um soldado são mortos em ataques feitos por militantes islamitas.

A União Africana suspende o Egito, rejeitando "qualquer tomada ilegal de poder".

Adly Mansour dissolve a Câmara Alta do Parlamento e nomeia um novo chefe para os serviços de informação.

A ONU faz um alerta contra qualquer política de "represálias".

-- SÁBADO, 6 DE JULHO --

No Sinai, um padre copta é morto por homens armados não identificados, segundo fontes policiais.

No Cairo, dezenas de milhares de partidários da Irmandade Muçulmana se reúnem.

A Justiça interroga os líderes da Irmandade Muçulmana, entre eles Khairat al-Chater, atual número 2, preso na madrugada deste sábado. Eles são acusados de "incitação à morte" (agência Mena). Nove dirigentes do movimento - entre eles o Guia Supremo, Mohammed Badie - são acusados de terem incitado a morte de manifestantes.

O representante da oposição, Mohammed ElBaradei, é nomeado primeiro-ministro, segundo o movimento Tamarrod ("rebelião", em tradução do árabe). O grupo esteve à frente de importantes mobilizações que conduziram à queda de Mursi.


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