Christopher Dorner morreu de um ferimento de bala na cabeça, revelou a autópsia esta sexta-feira, dois dias depois de o ex-policial suspeito de quatro assassinatos falecer em uma cabana em chamas nas montanhas da Califórnia (oeste dos EUA).
A autópsia concluiu que "a causa da morte foi um ferimento provocado por um único disparo na cabeça", disse o legista Kevin Lacy, do Condado de San Bernardino, em entrevista coletiva.
O especialista acrescentou não haver evidências que confirmem ou neguem que Dorner se suicidou. "Não estamos ainda em condições de falar sobre as circunstâncias da morte, nem de lhes dizer se esta ocorreu ou não como resultado de um disparo que ele deu em si próprio", destacou.
O ex-policial de 33 anos foi encurralado na terça-feira em uma cabana perto da estação de esqui de Big Bear, 160 km ao leste de Los Angeles, depois de uma intensa busca de seis dias, que se estendeu até Tijuana (norte do México) e aos estados vizinhos de Arizona e Nevada.
O ex-policial morreu após um intenso tiroteio ocorrido quando homens da equipe de elite SWAT cercaram a cabana, que pegou fogo depois que a polícia atirou bombas de gás lacrimogêneo em seu interior.
Até agora desconhecia-se se Dorner havia morrido em decorrência dos disparos ou do incêndio, mas em um dado momento antes do fogo, ouviu-se o som de um tiro dentro da residência.
Ex-integrante do Departamento de Polícia de Los Angeles, Dorner fugiu na semana passada depois de supostamente matar um casal e um policial, e ferido outras três pessoas. Durante o tiroteio, outro policial morreu e um oficial ficou gravemente ferido.
Na última segunda-feira, Dorner tinha publicado na internet um manifesto macabro no qual ameaçou matar policiais e seus familiares como vingança por sua demissão, em 2008.