Os dois fortes terremotos que devastaram vilas rurais no noroeste do Irã no fim de semana mataram um total de 306 pessoas - mulheres e crianças em sua maioria - e feriram 3.037, disse nesta segunda-feira a ministra da Saúde do país, Marzieh Vahid Dastjerdi. Ela disse que o número de mortos aumentou porque 50 pessoas que estavam feridas nos hospitais faleceram. Segundo ela 219 mulheres e crianças estão entre os 306 mortos e a maioria dos 2 mil feridos foram liberados dos hospitais nas horas seguintes porque tinham ferimentos leves.
As autoridades iranianas dizem que tetos antigos, com fracas estruturas de escoras, foram em grande parte responsáveis pelos desabamentos nas áreas rurais. Ondas de choques atingiram a região, onde vivem cerca de 300 mil pessoas, perto das fronteiras com a Armênia e o Azerbaijão. Os dois terremotos principais tiveram magnitude de 6.4 e 6.3 graus na escala Richter, na noite de sábado, ao noroeste da cidade de Tabriz, capital do Azerbaijão iraniano. Os sismos atingiram com força as cidades de Ahar, Haris e Varzaqan, no Azerbaijão Oriental. Segundo a televisão estatal iraniana, 12 vilarejos foram arrasados e em outros 425 entre 50% a 80% das edificações sofreram danos. Muitas rodovias na região montanhosa foram severamente danificadas.
Enquanto isso, o Crescente Vermelho do Irã disse que o país não precisa de nenhuma ajuda internacional. O porta-voz do Crescente Vermelho, Pouya Hajian, disse que as embaixadas da Turquia, Taiwan, Cingapura, Alemanha, além de outras, ofereceram ajuda, bem como o braço das Nações Unidas para a infância, o Unicef. Mas o Crescente Vermelho do Irã julgou que o auxílio não é necessário, enviando de volta até uma equipe de socorristas da Turquia que chegou sem combinação prévia com as autoridades locais, disse a agência estatal IRNA.
No domingo, as autoridades abandonaram as buscas, ao afirmarem que todos os possíveis sobreviventes já haviam sido resgatados.