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Estado de Minas

Transição na Coreia do Norte acelera a favor de Kim Jong-un


postado em 26/12/2011 15:43

A transição na Coreia do Norte parece se acelerar, e nesta segunda-feira a imprensa oficial se referiu a Kim Jong-un como o principal líder do partido único no poder, dois dias antes do funeral grandioso previsto para o seu pai. O sucessor designado de Kim Jong-il, morto no dia 17 de dezembro, já foi chamado de "comandante supremo" do exército e está a um passo de subir ao posto civil mais alto do país. "Todas as organizações do partido celebram a ideologia e a direção do grande camarada Kim Jong-un", afirmou nesta segunda-feira o Rodong Sinmun, jornal oficial do Partido dos Trabalhadores. "Damos nossas vidas para proteger o Comitê Central dirigido pelo querido camarada Kim Jong-un", acrescentou o jornal.

O Comitê Central é o principal órgão de direção do partido único. Seu dirigente recebe o título de secretário-geral do partido, o principal posto civil da Coreia do Norte. "Jong-un ainda não é oficialmente secretário-geral, mas logo vai se tornar e herdar os outros cargos de seu pai", explicou à AFP Kim Yong-Hyun, professor da Universidade Dongguk na Coreia do Sul. Kim Jong-il presidia também a Comissão Nacional da Defesa.


Terceiro representante da dinastia fundada por seu avô Kim Il-sung, Kim Jong-un ainda não ocupa esta responsabilidade. Em contrapartida, foi reconhecido no sábado como "comandante supremo", ou seja, chefe das Forças Armadas. Estar na liderança militar é crucial para exercer o poder em um país que possui a bomba atômica e onde o exército é prioridade. Nenhum estrangeiro assistirá à cerimônia funerária do ex-líder, mas duas delegações sul-coreanas chegaram nesta segunda-feira no norte para a última homenagem.

Nesta noite, os chefes das duas delegações, Lee Hee-Ho, esposa do ex-presidente Kim Dae-Jung, e Hyun Jung-Eun, presidente do grupo industrial Hyundai, vão se encontrar com Kim Jong-un no memorial de Kumsusan, onde os restos mortais de Kim Jong-il estão expostos em um caixão de vidro.

A Coreia do Sul não enviou delegação oficial, mas Seul formulou uma mensagem de "condolências ao povo da Coreia do Norte". As relações entre os dois vizinhos continuam tensas, mas o governo sul-coreano tentou acalmar as coisas, temendo que alguma perturbação do regime norte-coreano pudesse levar a um confronto armado. Pela mesma razão, os poderes regionais intensificaram as consultas para garantir a estabilidade.

Viajando na China, o principal aliado da Coreia do Norte, o primeiro-ministro do Japão Yoshihiko Noda, disse que a estabilidade da península coreana é de "interesse comum" em Tóquio e Pequim.


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