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Estado de Minas

Obama defende Estado palestino com fronteiras de 1967, anuncia plano para Egito e Tunísia, e cita Brasil como exemplo


postado em 19/05/2011 14:03 / atualizado em 19/05/2011 14:29

(foto: REUTERS/Jim Young )
(foto: REUTERS/Jim Young )

O presidente americano, Barack Obama, disse nesta quinta-feira que as fronteiras entre Israel e um futuro Estado palestino devem tem como base aquelas de 1967, destacando que os dois lados precisam fazer concessões em negociações de paz.

"Por causa de nossa amizade com Israel", disse Obama, "é importante que falemos a verdade: o status quo é insustentável".

"As fronteiras de Israel e Palestina deveriam se basear naquelas de 1967, com trocas mútuas e acertadas de forma que fronteiras seguras e reconhecidas sejam estabelecidas nos dois Estados", disse Obama.

"A retirada completa e em etapas das forças militares israelenses deve ser coordenada com a pretensão da responsabilidade de segurança palestina em um estado soberano e não-militarizado", acrescentou.

"A duração deste período de transição precisa ser acertada e a efetividade de arranjos de segurança precisam ser demonstrados", concluiu.

Futuro dos EUA ligado ao do Oriente Médio

Obama disse que o futuro dos Estados Unidos está ligado ao Oriente Médio e ao norte da África, região que registra desde o fim do ano passado uma onda de manifestações pró-democracia em diversos países.

O presidente americano disse que aspectos econômicos, históricos, de segurança e de destino ligam os Estados Unidos à região.

Segundo Obama, a atual onda de manifestações mostra para o mundo que uma política de repressão não vai mais funcionar.

Ele destacou que "dois líderes" da região já foram derrubados – em referência aos ex-presidentes da Tunísia (Ben Ali) e do Egito (Mubarak), que deixaram o poder devido à pressão popular – e "outros devem seguir".

O pronunciamento é uma tentativa de Obama de marcar uma nova fase das relações americanas com o mundo árabe e muçulmano, após a morte do líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, e em meio à onda de manifestações pró-democracia em vários países da região.

Desde o início dos protestos, ainda no fim do ano passado, Obama tem sido criticado pelo que é considerada uma posição incoerente dos Estados Unidos.Segundo os críticos, em países nos quais os líderes são considerados amigos dos Estados Unidos, a denúncia contra a repressão aos manifestantes ocorreu tarde e de forma mais amena do que nos outros casos.

Repressão não funciona mais

O presidente americano disse ainda que os levantes que varreram o mundo árabe demonstram que a política de repressão não funcionam mais na região, onde as pessoas buscam conquistar liberdade e direitos humanos.

"Os acontecimentos dos últimos seis meses nos mostram que as estratégias de repressão e repúdio não funcionarão mais", disse Obama, enquanto denunciou a "tirania implacável de governos que negam a dignidade de seus cidadãos".

Obama perdoou US$ 1 bilhão da dívida do Egito e anunciou um plano de ajuda ao Egito e à Tunísia para modernizar a economia e avançar a democracia nesses países.

O presidente citou o Brasil, Índia e Indonésia como exemplos de discurso, ao falar do poder da comnunicação na era da internet.

O discurso de Obama durou cerca de 45 minutos.


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