Jornal Estado de Minas

INTOLERÂNCIA

Suspeito de matar pai de criança autista por barulho de buzina é julgado

O julgamento do homem de 30 anos acusado de matar o pai de uma criança autista que estava apertando a buzina de um carro em Belo Horizonte começou nesta terça-feira (22/8). O crime aconteceu no dia 25 de fevereiro deste ano, no Bairro Vila São João Batista, na Região de Venda Nova. Cleidson Alves Campos estava em um bar, e após discutir com o suspeito, foi baleado quatro vezes. 




No primeiro dia de audiência de instrução, seis testemunhas prestaram depoimento. Entre elas um policial militar, que atendeu a ocorrência; a ex-esposa de Cleidson, que estava no local do crime; dois primos da vítima e dois vizinhos dos envolvidos. Todas as pessoas ouvidas na tarde de hoje foram intimadas pela acusação. As testemunhas de defesa e o suspeito serão ouvidos em outra audiência, que ainda não tem data marcada. 

Durante sua fala, a ex-esposa de Cleidson relatou que estava em casa quando sua filha lhe disse que o pai estava discutindo com familiares do suspeito. O atrito teria começado depois que o filho do casal, uma criança com transtorno do espectro autista, começou a apertar a buzina de um carro em frente ao estabelecimento.

A mulher contou, ainda, que  ao saber da discussão, foi até o local para entender o motivo da confusão e conversar com a família. Ao sair do bar, acompanhada da vítima, eles foram surpreendidos pelo suspeito que teria se aproximado já atirando contra os dois





As outras testemunhas confirmaram a versão da mulher. Todas elas afirmaram que a vítima e o suspeito não tinham desavenças antes do crime e que a discussão teria começado após a criança começar a apertar a buzina do carro. 

Cleidson e o suspeito eram vizinhos e foram criados juntos. O pai da criança chegou a ser socorrido para o Hospital Risoleta Neves, mas não resistiu aos ferimentos. Ele foi baleado quatro vezes, duas na cabeça, uma no tronco e outra em um dos braços. O suspeito foi preso dez dias depois do crime, depois de se entregar à polícia