Jornal Estado de Minas

SEQUESTRO

Homem que fez criança refém tem prisão preventiva decretada


A Justiça decretou a prisão preventiva de Leandro Mendes Pereira, que, na última quinta-feira (22/9), manteve uma criança de 7 anos e um jovem, de 23, em cárcere privado no Bairro Parque São Pedro, Região de Venda Nova, em Belo Horizonte.



A audiência de custódia do sequestrador foi feita por meio de videoconferência. A decisão foi dada pelo juiz Ricardo Sávio de Oliveira. O homem, de 39 anos, foi baleado por um atirador de elite e segue internado em estado grave.

O tiro atingiu Leandro na região próxima ao nariz e saiu pelas costas. Ele teve a sedação retirada na sexta-feira (23/9). Ainda entubado, os médicos colocaram um colar cervical para maior estabilização da lesão.

Descontente com o fim do relacionamento


Leandro Pereira não aceitava o fim do relacionamento com Andresa Wenia Pereira Mendes, de quem é primo de primeiro grau. O casal se separou há cerca de dois meses.

Na quarta-feira (26/9), por volta das 18h, ele invadiu a residência da ex-esposa armado. O alvo era apenas a mulher, que teria chegado momentos depois, porém conseguiu escapar.



O filho dela, de 7 anos, e um amigo de infância da família, Giovani Junior, de 23, ficaram na casa. Ele teria ido até a casa tirar satisfação por ela estar "seguindo a vida".

Homicídio em 2008


A ficha criminal de Leandro Pereira tem uma condenação por homicídio contra uma ex-namorada, em 2008, no Bairro Maria Goretti, Região Nordeste de Belo Horizonte. O assassino ficou preso em Ribeirão das Neves, onde aguardava o julgamento. Em 2011, a sentença foi proferida.

De acordo com a acusação, Leandro estava inconformado com o término do namoro e asfixiou a vítima com as mãos, até que ela caísse no chão.

Ao ver que a ex-namorada continuava viva, ele a enforcou com um sutiã. Após matá-la, tirou toda a roupa dela e colocou um rato morto em sua boca.

À época, o juiz condenou o réu a 13 anos de prisão em regime fechado pelo crime de homicídio qualificado, e um ano em regime aberto por vilipêndio de cadáver.