Jornal Estado de Minas

PASSEATA

Caso Bárbara Vitória: ato contra abuso sexual está marcado para amanhã (26)

Um ato contra o abuso sexual de crianças e adolescentes está marcado para esta sexta-feira (26/8), no bairro Mantiqueira, em Venda Nova. Moradores, comerciantes e membros do Conselho Tutelar de Belo Horizonte sairão em caminhada a partir das 9h, com ponto de encontro no Cras Mantiqueira (Rua Luzia Salomão, 300, Mantiqueira). 





Durante o ato, também haverá homenagens à menina Bárbara Vitória, de 11 anos, que, em 31 de julho, foi sequestrada, estuprada e morta após sair para comprar pão, no Bairro Mantiqueira.

De acordo com a Conselheira Tutelar Maria da Piedade Fonseca, o Mantiqueira é um dos bairros da região com mais casos de violência sexual contra crianças e adolescentes



Participarão do ato integrantes do Cras Mantiqueira, Creas Venda Nova, Centro Pop Miguilim, Fórum de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes de Minas Gerais (FEVCAMG), Escola Municipal Pedro Guerra, Escola Estadual Juscelino Kubitschek, Centro de Saúde Paraúna, Conselho Tutelar Venda Nova e Sesc/MG.





A passeata


No percusso, que terá início na Rua José Félix Martins, os moradores vão se encontrar com os  alunos da Escola Municipal Milton Campos e depois com os alunos da Escola Municipal Moisés Kalil, e os usuários do Cras Lagoa. Por fim, a passeata segue até a praça em frente ao Shopping Pedra Branca.


Todos os participantes devem estar com balões brancos e laranja. Os alunos das escolas estarão com cartazes, com desenhos de flores. Durante o percurso, os conselheiros tutelares vão distribuir material impresso contendo informações sobre o combate a violência contra crianças e adolescentes e os canais de denúncia, como o Disque 100.


Polícia Militar, BHTrans e Guarda Municipal estarão presentes durante todo o percurso.

 

 

 


Maria da Piedade Fonseca, conselheira tutelar de Venda Nova, afirma que quando foi mobilizar os comerciantes para o ato, muitos ficaram surpresos ao saber que basta ligar no Disque 100, canal sigiloso para denúncias. “Essa ação é para fazer uma mobilização e passar para as pessoas que é seguro denunciar, mesmo se for apenas uma suspeita.”


A conselheira explica também que a pandemia causou uma queda significativa nas denúncias. “Como as aulas presenciais foram suspensas, os meninos que iam para a escola e denunciavam as professoras não tiveram mais a quem recorrer. A maioria das nossas denúncias vem da escola, de diretores ou professores, ou dos próprios colegas de sala”. 



*estagiária sob supervisão