Jornal Estado de Minas

IMPASSE

Por reajuste, forças de segurança de Minas prometem novo ato contra Zema

Servidores estaduais que atuam como força de segurança em Minas prometem uma nova manifestação contra o governador Romeu Zema (Novo) na segunda-feira (21/3), na Cidade Administrativa. Uma nota conjunta entre entidades e sindicatos circula nas redes sociais para mobilizar a categoria a comparecer no novo ato agendado para as 9h.





 

A decisão vem em resposta ao anúncio feito por Zema nesta sexta-feira (11). O governador afirmou que pode até perder a eleição por não conceder o reajuste que a Segurança Pública de Minas Gerais quer, mas não vai "inviabilizar" o Estado.

 

A classe alega que o Executivo não cumpriu com um acordo de 2019, que previa reajuste salarial de 41% até 2021 - desse montante, somente 13% foi efetuado. Apesar disso, Zema havia anunciado a recomposição de 10,06% a todo funcionalismo e agora o Executivo vai pagar retroativo de janeiro de 2022, que estava previsto apenas aos servidores da Educação, também à Segurança e Saúde, além de também aumentar o auxílio-vestimenta aos militares.

 

Lideranças das forças de segurança de Minas Gerais garantem que a greve iniciada há três semanas não vai arrefecer. A gestão estadual ofertou, às tropas, nesta sexta-feira (11/3), aumento retroativo a janeiro. A ideia, porém, foi logo rechaçada por sindicatos e parlamentares ligados às tropas.

 

Entre as vozes do movimento de paralisação das tropas, a avaliação é que a proposta apresentada por Zema é fruto de um debate feito apenas por integrantes do Palácio Tiradentes, sem a escuta de representantes da classe. Há reclamações de falta de diálogo com os comandantes das polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros.