
Dezenas de responsáveis pelas crianças estiveram nos arredores da Praça Marília de Dirceu, no Bairro Lourdes, Região Centro-Sul de BH, e protestaram contra a decisão da prefeitura. Os manifestantes levaram cartazes, adesivos, faixas e até um megafone para tentar mostrar a Kalil, que mora em um dos prédios desse ponto, a indignação.
Uma das responsáveis pela convocação do protesto é Mariana de Andrade, de 39 anos, mãe de uma criança de 6. Ela alega que a escola é o local adequado para os pequenos e que faltou critério na decisão.
"Somos contra o fechamento das escolas e o adiamento das aulas, porque não tem critério. O prefeito fechou as escolas falando que ia dar chance para a criança vacinar, mas esta semana nem se vacinou direito em BH. Deixo claro que não sou contra a vacina, mas a escola é o local adequado para a criança, lá elas seguem um protocolo. Elas podem ir a qualquer lugar, menos na escola", afirmou, ao Estado de Minas.

"Primeiro de tudo é a incoerência, tudo aberto e só escola fechada, e tinha prometido que a escola não seria mais fechada. A segunda é que a gente está vendo que os índices começaram a cair e que eles tiveram alta enquanto as crianças estavam de férias, não é culpa da escola. E é essencial para as crianças, tenho uma criança de 7 anos que está tendo aula on-line, cinco horas na tela, e não dá, é insustentável. Não justifica para mim", diz.


Apesar das insatisfações, a decisão da Prefeitura de BH está mantida até segunda ordem. O Estado de Minas procurou o Executivo municipal, que diz não fazer comentários a respeito de manifestações populares.
