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Estado de Minas

Pai, filho e outros seis: polícia desarticula quadrilha especializada em assaltar lotéricas em Minas

Ao todo, quatro pessoas foram presas. Entre os integrantes da quadrilha, está um homem de 50 anos e seu filho de 21. O jovem, inclusive, é suspeito de ter tentado matar o próprio pai


postado em 09/03/2020 18:30 / atualizado em 09/03/2020 20:41

Foram apreendidas várias ferramentas que os criminosos utilizavam para abrir os cofres das lotéricas(foto: Reprodução/Instagram)
Foram apreendidas várias ferramentas que os criminosos utilizavam para abrir os cofres das lotéricas (foto: Reprodução/Instagram)

 

A Polícia Civil de Minas Gerais desarticulou uma quadrilha sob a acusação de executar roubos em lotéricas em cidades mineiras. Ao todo, foram presas quatro pessoas. Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Itaúna, Região Centro-Oeste de Minas.


Além dos detidos, outras quatro pessoas seguem soltas. Entre elas, o líder da facção, de 50 anos. A operação foi batizada de Pedra Negra, o que, segundo os investigadores, é o significado do nome da cidade onde aconteceram as buscas.


Em coletiva na tarde desta segunda-feira (9), o delegado Gustavo Barletta esclareceu como foi feita a operação contra o grupo criminoso. De acordo com ele, as investigações começaram no final de novembro, quando, no dia 21, o grupo arrombou um cofre e roubou R$ 50 mil de uma lotérica no Bairro São Francisco, na Região da Pampulha, em BH.


Depois disso, os policiais levantaram vários crimes semelhantes na Região Metropolitana de BH e concluíram que as extorsões eram feitas pelas mesmas pessoas.


Calcula-se que a quadrilha praticou mais de 20 arrombamentos de cofres de lotéricas, bancos e estabelecimentos comerciais. No entanto, conforme os investigadores, apenas em cinco casos há provas concretas contra os criminosos – quatro na capital mineira e um em Sete Lagoas, na Região Central do estado.


De acordo com o delegado, a quadrilha se revezava na prática dos crimes para confundir os investigadores, que tinham limitação para detectar quais pessoas realmente faziam parte do mesmo grupo criminoso.


Além disso, durante os roubos, o grupo deixava um homem e uma mulher, de 21 e 22 anos, respectivamente, do lado de fora da lotérica, monitorando a chegado dos policiais.


Muitas vezes, eles ficavam em bares e restaurantes, com fone de ouvido, conversando com os bandidos que praticavam o arrombamento. Conforme um dos presos, a jovem recebia R$ 500 para vigiar. Além disso, durante a operação, os criminosos trocavam de roupa, também para atrapalhar as ações policiais.


A prisão dos quatro suspeitos ocorreu por volta das 21h30 da última quinta-feira (5), durante tentativa de roubo em mais uma lotérica. Dessa vez, o alvo era um estabelecimento localizado no Bairro Milionários, na Região do Barreiro.


Entre os presos estão três homens e uma mulher – um dos detidos é filho do líder da quadrilha, que ainda está foragido.


No momento da prisão, o casal de jovens que ficava do lado de fora ainda tentou fugir, mas acabaram encurralados no banheiro do estabelecimento onde estavam.


Um dia antes, na quarta-feira, os policiais cumpriram três mandados de busca e apreensão em Itaúna, apreendendo diversas ferramentas que, supostamente, os criminosos usavam para arrombar os cofres.


No local, ainda foi encontrado um cofre de quase 300 quilos, que os investigadores desconfiam que teria sido roubado de uma lotérica, depois que os bandidos não conseguiram abri-lo.


De pai para filho


Entre os integrantes da facção criminosa está um homem de 50 anos e seu filho, de 21. Ambos já possuem passagem pela polícia, mas o pai é mais experiente: segundo a Polícia Civil, ele já respondeu por vários crimes, inclusive um estupro de vulnerável.


Em uma ocasião, o homem cumpriu pena de 18 anos na cadeia. “É uma pessoa perigosa, que já está no mundo do crime há muito tempo. Ele vive com o crime e para o crime”, conta o delegado.


Mais jovem, o filho parece seguir os passos do pai. Com 21 anos, ele também tem passagens pela polícia por roubo e furto qualificado e já ficou detido por cerca de dois anos.


Além disso, o jovem responde por um homicídio tentado contra o próprio pai. As investigações apontam que, em um desses assaltos, eles tiveram uma discussão e, após isso, começaram a brigar fisicamente e o pai acabou sendo baleado pelo rapaz. Apesar da suspeita, o jovem nega o crime.


*Estagiário sob supervisão da redação do Estado de Minas




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