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Estado de Minas

'A nossa é uma porcaria, mas está entre as melhores do Brasil', diz Kalil sobre a saúde de BH

Em entrevista à Itatiaia, prefeito de Belo Horizonte disse que os problemas da saúde não vão acabar em um mandato e garantiu o funcionamento pleno do Hospital do Barreiro


postado em 12/12/2017 09:53 / atualizado em 12/12/2017 13:12

(foto: Jair Amaral/EM/DA Press - 11/04/2017)
(foto: Jair Amaral/EM/DA Press - 11/04/2017)
“Eu acho que a maior propaganda que nós temos da saúde de Belo Horizonte são as matérias que saem sobre a saúde das cidades do Brasil. Se você prestar atenção, e eu peço à população de Belo Horizonte para prestar atenção em todas as matérias nacionais sobre saúde, quer dizer, a nossa é uma porcaria, mas está entre as melhores do Brasil”. A análise é do prefeito da capital, Alexandre Kalil (PHS), em entrevista que foi ao ar na rádio Itatiaia na manhã desta terça-feira. No aniversário de 120 anos de Belo Horizonte, Kalil falou sobre a situação da cidade e os desafios para os próximos anos. 

Questionado sobre os problemas nos centros de saúde de Belo Horizonte, como a demora no atendimento e a falta de medicamentos, tema de matérias do Estado de Minas nos últimos meses, Kalil assumiu a situação e disse não contar com ajuda do governo. “Medicamento tem, falta esporadicamente. Acaba, não entrega. O estado não está entregando nada, não está cumprindo cota, não está fazendo nada, né? Nós estamos pegando dinheiro e tendo que cobrir Risoleta, Sofia, e Santa Casa, comprar fita de glicemia, comprar remédio de insulina”, disse o prefeito de Belo Horizonte. 

Segundo ele, a solução do problema depende da vontade política. “Nós não vamos acabar com isso em um mandato, nem dois, e nem três. Isso é vontade política, cara. Se o cara não tiver coração, e tiver pouco se lixando, não vai resolver é nunca”, declarou o prefeito, citando que o Executivo municipal contratou mil médicos em 11 meses. “Nós já estamos entrando em todos os postos de saúde de Belo Horizonte. 'Ah, mas tem um lá que tá faltando isso, ou outro tá caindo parede'. Tá (sic). É muito grande, gente. Pôr a cidade pra funcionar é duro, é difícil pra burro”, enfatizou. 

Alexandre Kalil também garantiu o funcionamento do Hospital Doutor Célio de Castro, no Barreiro, que deve ser inaugurado ainda neste mês. “Eu vou pôr um hospital parado, que eu peguei com 50 leitos, 80, sei lá, com 455 leitos funcionando, quer o governo do estado passe o dinheiro ou não”. O prefeito também diz que o repasse do estado para a unidade ainda não chegou. “Não, não mandou não e eu acho que nem vai mandar. Não me interessa mais. Eu vou abrir o hospital. Eu não, o doutor Jackson Pinto e a equipe dele com o pessoal que está fazendo gestão de hospital”, alegou. Ainda segundo Kalil, o governo federal tem enviado sua parte em dia, e que o custo do Hospital do Barreiro será de, aproximadamente, R$ 20 milhões por mês. 

Mobilidade e Anel Rodoviário


O prefeito Alexandre Kalil também anunciou a construção de duas trincheiras na Avenida Cristiano Machado. “Isso está no plano do dinheiro que vai vir da Caixa Econômica Federal, que é um dinheiro que tem que ser usado na mobilidade urbana”, comentou o prefeito. “Muito contrariado, porque se eu pudesse desviar esse dinheiro para melhorar a vida do mais pobre eu faria, mas não posso porque é dinheiro carimbado. Então, nós conseguimos esse dinheiro e vamos fazer duas trincheiras. Não estou prometendo não, porque não gosto de prometer obra. Obra pra olho ver essa cidade está de saco cheio”, disse. 

Kalil também falou sobre as intervenções no Anel Rodoviário para reduzir a quantidade de acidentes na via. Na semana passada, teve início o pente-fino nos veículos de carga para verificar as condições dos freios, motor e parte mecânica. “Vou intervir, e gozado é que quando você fala em salvar vidas perguntam onde os caminhões vão parar. Não me importa. Que parem na beira da estrada, que parem em posto de gasolina, que pare dentro do mato. O que não pode é um médico de 20 anos morrer queimado junto com o pai e a mãe”, respondeu Kalil à rádio, lembrando o acidente ocorrido em 6 de setembro. “Eu não posso é, em meu mandato em 11 meses morrerem 27 pessoas no Anel Rodoviário e eu ficar de braços cruzados”, ressaltou.

Questionado pela Itatiaia, Kalil também descartou a abertura de uma via ligando a Avenida Afonso Pena à Rodovia Januário Carneiro, em Nova Lima. “Agora não”, respondeu, completando que há outras prioridades, como a saúde e segurança pública.

Educação infantil 


Há alguns dias, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) vai alterar a operação do ensino infantil em 2018 para ampliar vagas. O anúncio tem causado insatisfação e desconfiança entre pais e educadores porque as mudanças incluem extinção de vagas, restrição de horários e criação de turmas em outros espaços. 

“Eu quero falar com a população de Belo Horizonte que 17 mil alunos na escola em 12 meses representaria 37 Umeis a um custo de R$ 195 milhões. Nós vamos ampliar as escolas. É claro que isso tudo tem uma logística pedagógica, feita dentro de um planejamento, por uma equipe especializada. Trouxeram para mim o plano e eu aprovei. Ou eu vou ter que fazer 37 Umeis, sendo que a demografia de Belo Horizonte vem caindo, nós temos cada vez menos crianças, e as ILPIs vão ter que aumentar, que são os asilos”, disse Kalil.

“É claro que contraria interesses, contraria diretores de escolas, mão de obra que vai cortar, porque vai ficar ao invés de dois professores um só, que vai remanejar. Nós vamos fazer, não adianta. Para nós o importante não é a gritaria dos poucos,  são as 17 mil mães que colocaram em 12 meses os alunos nas escolas de Belo Horizonte”, finalizou. 


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