A ocupação faz parte da Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária que ocorre nesta semana em todo o país, sob a responsabilidade do MST, no denominado Abril Vermelho. Os atos, que ocorrem há 21 anos, fazem menção ao massacre dos Carajás, quando 19 sem-terra foram assassinados por policiais no Pará, em 1996.
Ênio Bohnenberger, um dos diretores nacionais do MST e responsável estadual pelo movimento, relatou que não há prazo para que os ocupantes deixem a sede o Incra. A intenção, segundo ele, “é chamar a atenção dos governos federal e estaduais para o destravamento das pautas sobre a reforma agrária”.
Ainda de acordo com o diretor-estadual do MST, durante a semana a tendência é que os atos se espalhem por BH. “Amanhã a gente pretende ir para a Cidade Administrativa e no restante da semana devemos ir até a sede do Ministério Público, além de ocupar as praças da cidade,” contou.
Uma reunião pré-agendada com o governador do estado Fernando Pimentel para a próxima quinta-feira deve dar início às negociações de um possível destravamento das pautas congeladas na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Viaturas da Polícia Militar acompanham o ato de ocupação na sede do Incra, que ocorre de maneira pacífica. Um vídeo em rede social mostra o momento em que os ativistas do MST ocuparam a sede do Instituto, na Região Centro-Sul (veja abaixo)
Nesta segunda-feira, os focos de manifestações do MST foram as rodovias. Em Minas Gerais, durante a manhã, foram registrados cinco pontos que tiveram o trânsito interditado, devido aos protestos por Reforma Agrária.