Nataly Ramalho, de 27 anos, estudante, saiu de Brasília para fazer uma prova na faculdade ontem às 14h. A previsão era de sair às 10h e pousar em Belo Horizonte às 11h20, mas com os atrasos, ela só desembarcou na capital mineira por volta das 15h30. “Eu estava em licença-maternidade e vim só para as provas finais do semestre do meu curso de nutrição. Agora, mandei um e-mail para a coordenadora do curso explicando o ocorrido”, afirma a jovem. Acompanhada do filho de 2 meses, Heitor, ela ainda conta que a ansiedade aumenta. “É complicado, com criança pequena, cria-se uma expectativa ainda maior de chegar”, diz.
A professora universitária Flávia Junqueira, de 37, tinha como destino final Ipatinga. Saiu de Porto Alegre, fez escala no Rio de Janeiro para chegar a Belo Horizonte e embarcar para a próxima cidade. “Quando cheguei ao Rio, soube que o voo para Confins estava atrasado. Porém, por causa do imprevisto, perdi o embarque para Ipatinga”, conta a professora. O horário previsto para o destino final era as 13h30 e foi adiado para as 18h10. “Só tem um voo para lá, então me relocaram para o próximo”, afirma. Ainda segundo a passageira, falta estrutura no aeroporto para evitar esse tipo de transtorno.
NOVO TERMINAL O desembarque de passageiros de voos domésticos das companhias aéreas Gol e Latan no Aeroporto passou a ser feito desde domingo no Terminal 2, onde quem for aguardar a chegada dos passageiros dessas companhias devem aguardá-los. As mudanças não afetam usuários de outras empresas aéreas. A integração tem como objetivo reduzir o tempo de conexão e ampliar a capacidade de usuários.
O professor Sérgio Calic, de 59, esperava ao lado da filha Fernanda Ferretti, de 17, a chegada da sobrinha. Ao contrário dos casos de atrasos, o voo da Helena Ferretti, de 20, pousou na pista pontualmente e a jovem desembarcou no novo terminal. “Eu achei melhor do que o outro. Inclusive, é bem maior”, disse a jovem que afirma estar satisfeita com a novidade. Já para o tio, a falta de informações foi um problema para encontrá-la, já que não viu nenhuma placa. “Foi bom eu ter encontrado um funcionário do aeroporto para me informar onde seria o desembarque, pois não vi nenhuma placa de orientação”, disse.
A psicóloga Gisele Romualdo, de 36, também veio de Brasília nesse mesmo voo. Ela não sabia da novidade, mas aprovou o terminal. Porém, por não conhecer bem o aeroporto surgiu a dúvida: “Mas onde ficam as pessoas que estão esperando a gente, no andar de cima?”, questionou um pouco confusa.
Não há alterações nos procedimentos domésticos de check-in e embarque, que continuam sendo realizados onde já funcionam atualmente. Ainda de acordo com a BH Airport, em janeiro do ano que vem começam as operações internacionais no novo espaço. Até lá, embarque e desembarque dos voos para o exterior continuam sendo feitos pelo Terminal 3.