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Estado de Minas

Corregedoria da Polícia Civil prende delegado e investigador acusados de cobrar propina

O delegado Erasmo Kennedy de Carvalho e o investigador Abel Caetano Filho estão recolhidos na Casa de Custódia do Policial Civil, em Belo Horizonte. Teriam exigido R$ 50 mil para facilitar investigação de homicídio


postado em 03/03/2016 18:40 / atualizado em 03/03/2016 21:53

Um delegado e um investigador da Polícia Civil de Pouso Alegre, no Sul de Minas, foram presos acusados de pedir R$ 50 mil para “facilitar” a investigação de um homicídio ocorrido na cidade no dia 15 deste mês. O flagrante foi feito pela Corregedoria Geral da Polícia Civil no momento em que os acusados tentavam receber parte do dinheiro de dois advogados.

O delegado Erasmo Kennedy de Carvalho, de 45 anos, e o investigador Abel Caetano Filho, de 39, foram transferidos para a Casa de Custódia do Policial Civil, em Belo Horizonte, onde são mantidos presos. Outros dois investigadores suspeitos de envolvimento no esquema foram ouvidos e a participação deles é investigada.

De acordo com a Polícia Civil, a prisão em flagrante de Erasmo e Abel ocorreu na tarde de quarta-feira, quando eles recebiam R$ 1 mil dos advogados. Os dois são acusados de concussão, crime praticado por funcionário público que utiliza o cargo para exigir para si mesmo ou para outra pessoa vantagem indevida, no caso deles, financeira.

Um inquérito policial e um procedimento administrativo foram instaurados pela Corregedoria Geral da Polícia Civil. Se comprovada a culpa no inquérito policial, eles estarão sujeitos a pena mínima de dois anos, que pode ser aumentada dependendo de agravantes. Quanto ao procedimento administrativo, poderão ser demitidos, e nesse caso poderão receber benefícios, como aposentadoria, ou ser exonerados, quando perdem todos os seus direitos como funcionários públicos.

A Polícia Civil informou que as circunstâncias do caso são apuradas pela Corregedoria, que já ouviu testemunhas, vítimas e autores. O delegado e o investigador preferiram ficar em silêncio. Dois advogados gravaram toda a negociação com os acusados pedindo propina e procuraram o Ministério Público e a Corregedoria.


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