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Estado de Minas

Criminosos que atiraram contra a Nelson Hungria são alvo de operação em Contagem

Alvos dos disparos eram as câmeras de segurança da penitenciária, que teria flagrado o tráfico de drogas e até homicídios na região. Quatro pessoas foram detidas.


postado em 09/05/2013 09:33 / atualizado em 09/05/2013 11:32

Três homens foram presos em uma casa na comunidade, onde foram apreendidas drogas e uma luneta. Um quarto homem foi detido nas proximidades, segundo policiais civis(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Três homens foram presos em uma casa na comunidade, onde foram apreendidas drogas e uma luneta. Um quarto homem foi detido nas proximidades, segundo policiais civis (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)


Policiais civis e militares desencadearam uma operação conjunta para cumprir mandados de busca e apreensão no Bairro Nova Contagem, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A ação foi desencadeada após as investigações de um grupo, envolvido no tráfico de drogas, que teria atirado contra a Penitenciária Nelson Hungria no início do ano. A ação policial foi desencadeada às 5h desta quinta-feira e até o momento quatro pessoas foram detidas.

De acordo com a delegada Cinara Rocha, da 5ª Delegacia de Polícia de Contagem, entre fevereiro e março deste ano, houve uma ocorrência de disparos de arma de fogo em direção à portaria da penitenciária. Na ocasião, pelo menos cinco tiros foram disparados. “Depois dos disparos, fizemos uma investigação para tentar delimitar a autoria. Nós chegamos a uma gangue composta por 20 a 30 pessoas que são traficantes e investigadas por vários crimes, entre homicídios e tentativas de homicídios”, explica.

O grupo agia em uma comunidade que fica em frente à Nelson Hungria, no Bairro Nova Contagem, separada apenas por um terreno. Durante as investigações, a polícia descobriu que os alvos dos disparos eram as câmeras do circuito de segurança do presídio, volta das para a parte externa. “O sistema flagrou o tráfico de drogas e a prática de um duplo homicídio no fim do ano passado. Os disparos seriam uma forma de retaliação pelo sistema estar fornecendo provas contra o grupo”, afirma Cinara Rocha.

Luneta confirmou suspeitas

De posse de quatro mandados de busca e apreensão, os policiais foram até a comunidade no início da manhã. O local é de difícil acesso e possui várias saídas, que foram monitoradas pelas corporações. Em uma das residências, um homem tentou fugir, pulou a janela e caiu no telhado de uma casa ao lado. O telhado caiu e atingiu a cama em que estava uma senhora de 70 anos Ele saiu correndo, mas a PM conseguiu detê-lo. Com ele, encontraram R$ 956 e, durante a fuga pela janela, ele deixou cair uma sacola com drogas. Na casa dele, foram encontradas outras três pessoas, sendo dois homens e uma adolescente que tentavam se livrar de várias pedras de crack, prontas para a venda, pelo vaso sanitário.

Luneta era usada para observar a movimentação na porta da penitenciária(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Luneta era usada para observar a movimentação na porta da penitenciária (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)


Também foram apreendidos mais R$ 1,5 mil em dinheiro, principalmente em moedas. Ainda de acordo com a delegada, foram apreendidas máscaras que podem ter sido usadas para a prática de roubo. Na laje da casa, os policiais encontraram uma luneta de alta resolução voltada para a Penitenciária Nelson Hungria, o que confirmou as suspeitas levantadas nas investigações. “Como foi feito no escuro (disparo), as câmeras não têm resolução suficiente para identificar (a autoria). A luneta direcionada confirmou”, diz a delegada.

Em outro endereço, foram apreendidos materiais para embalar drogas, mas a residência estava vazia. Todos os mandados já foram cumpridos. De acordo com Cinara Rocha, cães farejadores ajudam nas buscas pelo terreno que separa o presídio da comunidade, na tentativa de localizar mais drogas ou outros materiais. Os suspeitos presos foram levados para a 5ª Delegacia e, após o flagrante, serão conduzidos para o Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp). A adolescente será levada para a Divisão de Orientação e Proteção à Criança e do Adolescente (Dopcad).


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