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Estado de Minas

Repúdio a nazistas em ritmo de pagode


postado em 21/04/2013 06:00 / atualizado em 21/04/2013 08:09

(foto: Sergio Amzalak/Esp.EM/D.A )
(foto: Sergio Amzalak/Esp.EM/D.A )
Pagode e cerveja para protestar contra a onda nazista que estourou em Belo Horizonte. Cerca de 80 pessoas se reuniram ontem na Praça Afonso Arinos, no Centro, num ato de repúdio aos episódios de violência praticados por integrantes de grupos fascistas e neonazistas na capital. Mais de 1,5 mil pessoas haviam confirmado presença no evento pelas redes sociais.

Em frente à Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o pagodão representou uma crítica principalmente ao estudante da instituição envolvido num trote racista em fevereiro. Ele seria ligado ao movimento nacionalista Patria Nostra. Outros alvos foram os três neonazistas presos na semana passada, acusados de apologia ao crime, com agravantes de racismo, nazismo e formação de quadrilha.

Um deles, Antônio Donato Baudson Peret, de 24 anos, divulgou uma foto nas redes sociais agredindo um morador de rua. Ele também já se envolveu em ataques contra homossexuais. “A ideia de fazer um pagode é exatamente pelo fato de ser uma herança cultural negra, um dos grupos repudiados pelos nazistas”, comenta um dos participantes, que, com medo de retaliação, preferiu não se identificar.

Com instrumentos improvisados, os manifestantes criaram até uma música, Chega de nazismo, mistura de samba e bossa nova. Um bandeirão do movimento também foi hasteado no espaço. Num folheto, o movimento antifascista aponta que as prisões na semana passada e o trote da Faculdade de Direito são apenas “a ponta do iceberg de uma quadrilha muito maior” e cobram punição.

Professor público estadual, Thiago Miranda, de 32 anos, fez questão de comparecer ao pagodão. “Este evento mostra que Belo Horizonte é contra fascistas e nazistas e que há uma rede na cidade se articulando para impedir que esses movimentos cresçam”, afirma Thiago, assustado com a organização desses grupos.

Estudante de artes plásticas, Ártemis Garrido, de 23, vestiu as máscaras representando a diversidade para protestar com os colegas. “Sou gay. Eu e minha esposa não sofremos essas violência porque somos femininas e não chamamos atenção. Mas não deixamos de ser alvos do preconceito desses grupos nazistas”, ressalta, junto do colega Tiago Nunes, de 29.


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