Um policial civil aposentado foi baleado dentro da Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas) na tarde desta quinta-feira. Ele trabalhava como segurança de uma empresa distribuidora de frutas e seguia para um banco, ainda dentro do entreposto, com um malote de R$ 73 mil entre cheques e dinheiro, quando foi abordado pelos criminosos. Ricardo Ferrari Coleta, de 55 anos, levou três tiros no peito e morreu ao dar entrada no hospital.
O crime aconteceu por volta de 12h. O policial estava em reunião na empresa e logo em seguida saiu junto com uma funcionária para depositar o dinheiro. Ricardo conduzia o veículo dele, um Focus, enquanto a mulher sentou-se no banco de passageiros. Quando seguiam para uma agência do Banco Bradesco que fica próximo ao Pavilhão O, um Gol cinza fechou o veículo do policial na Avenida Barbacena. Ele tentou desviar e acabou batendo em um caminhão que estava estacionado na via.
Um dos assaltantes desceu rapidamente do veículo e seguiu para janela da passageira. O homem tentou pegar o malote que estava entre os dois bancos do carro, mas acabou impedido por Ricardo. O policial estava com uma arma escondida em uma pochete, mas não conseguiu retirá-la. Por causa disso, resolveu descer do Focus com o malote e sair correndo.
O criminoso seguiu o policial e os dois entraram em luta corporal. Ricardo foi derrubado e levou três tiros a queima-roupa no peito. O assaltante pegou o malote voltou para o Gol, onde um comparsa o esperava e fugiram pela BR-040 em direção a Sete Lagoas.
O policial foi socorrido para uma companhia da Polícia Militar que fica dentro da Ceasa e de lá levado para o Hospital Municipal de Contagem. Ao dar entrada na unidade de saúde, Ricardo teve uma parada cardiorrespiratória e morreu. Imagens do circuito interno do entreposto serão usadas para tentar identificar os criminosos.
Um outro policial civil aposentado que era sócio de Ricardo informou que os dois trabalhavam, informalmente, como transportadores de valores para as empresas dentro da Ceasa há 10 anos. Ele informou que a insegurança impera no Ceasa. A PM retrucou o policial e informou que orienta as empresas a informarem a polícia quando forem fazer transações de grandes valores. Neste caso, viaturas monitoram o procedimento.
Ricardo Ferrari era investigador aposentado do Departamento de Investigações (DI). Policiais da delegacia de homicídios chegaram a seguir para o local e descartaram que o crime tenha sido provocado por vingança. O caso será registrado como latrocínio.
(Com informações de Thiago Lemos)