A primeira fiscalização realizada pela Defesa de Civil em casas noturnas de Betim, na Grande BH, depois do incêndio que matou 235 pessoas na cidade de Santa Maria (RS) terminou com a interdição do Rota 66, estabelecimento que funcionava como bar e casa de shows, com capacidade para 500 pessoas. A informação foi divulgada pelo vice-prefeito, Waldir Teixeira. Segundo ele, o estabelecimento estava com o alvará de funcionamento vencido havia dois anos. Os proprietários terão prazo, ainda não definido, para se adequar e reabrir a casa.
Em algumas paredes também foram encontradas placas de espuma para isolamento acústico altamente inflamáveis, como constatou o engenheiro Josué Moura. “Em uma situação de incêndio, esse tipo de espuma entra em combustão rapidamente e espalha as chamas por todo o local”, explicou. Foram encontrados também botijões de gás armazenados de forma inadequada, fios elétricos expostos e um forro de PVC muito próximo ao fogão.
Uma das proprietárias atribuiu os problemas a uma reforma recente. “Estamos aguardando a aprovação do projeto pelo Corpo de Bombeiros para colocar tudo em dia”, afirmou a sócia do Rota 66, Lívia Bessa.
Outras três casas noturnas foram visitadas. O Forró do Itamar, no Bairro Santo Afonso, teve problemas com as saídas de emergência, que não atendem à exigência de abrir para o lado de fora. O proprietário da casa, Itamar Almeira Silva, foi notificado. Os demais itens de segurança estavam regulares.